
Uma simples distração dentro de casa pode resultar em graves prejuízos à integridade física, sobretudo, de crianças. Ainda minimizados por muitos adultos, os acidentes domésticos apresentaram um aumento de 21% neste mês de julho, conforme dados divulgados pelo Hospital Estadual de Trindade.
Leia Também:
O crescimento no número de casos envolvendo os imprevistos acende um alerta para pais e responsáveis que, por vezes, ignoram os riscos presentes no dia a dia.
Diante da gravidade dos perigos, o capitão do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, Gilvã Rodrigues deixa um alerta para os adultos.
“Os acidentes acontecem justamente pela falta de prevenção, principalmente durante esse período de férias que é o período em que crianças costumam ficar mais tempo em casa. Então se os pais e cuidadores não prestarem atenção há riscos, sim, de ter ocorrências envolvendo choque elétrico, curto-circuito, afogamento em piscina e outros”, disse.
O oficial pontuou outras orientações. “O fogo, por exemplo, fascina a criança por causa das cores. É preciso ter cuidado porque no fogo e não cozinha não são lugares para a criança brincar. Os cabos das panelas também precisam ficar para a parte de dentro e não para fora porque as crianças tendem a querer pegar nessa panela e puxar. As crianças precisam sempre de cuidado, independente de estarem de férias ou não. Criança em casa é trabalho, então, precisa de atenção redobrada”, destacou.
Riscos diários: Público mais afetado
Dados disponibilizados no site do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, o público mais afetado pelos acidentes domésticos tem entre 0 e 14 anos. Segundo o órgão, menores de dois anos, estão mais sujeitas a quedas e a riscos impostos por terceiros, como queimaduras e intoxicações. Já de 2 a 6 anos sofrem mais atropelamentos, submersão, quedas de lugares altos, ferimentos, lacerações e queimaduras. Enquanto aquelas de 6 a 10 anos podem ser vítimas de atropelamentos, quedas de bicicletas, quedas de lugares altos, traumatismos dentários e ferimentos com armas de fogo.