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Pegue a visão - 15/03/2025, 06:45 - Vitória Sacramento - Atualizado em 15/03/2025, 08:00

Não vá que é barril! Tomar banho no 'pinicão' de Cajazeiras é laranjada

Embasa alerta para os riscos à saúde e reforça que a entrada nos reservatórios é proibida

"Pinicão" de Cajazeiras é frequentado por alguns moradores
"Pinicão" de Cajazeiras é frequentado por alguns moradores |  Foto: Olga Leiria / AG. A TARDE

A presença das lagoas de estabilização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), popularmente conhecidas como "pinicão", tem gerado preocupação às autoridades, além de opiniões divergentes entre os moradores da região de Cajazeiras, em Salvador. Recentemente, imagens de jovens mergulhando em um "pinicão", em Cajazeiras, acendeu o alerta para o perigo do contato com a água poluída.

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A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), responsável pelo tratamento do esgoto nos conjuntos habitacionais da área, alerta para os riscos à saúde e reforça que a entrada nos reservatórios é proibida. A empresa ressalta que a estrutura foi construída antes da expansão residencial na região e que a grande extensão da área e a vegetação dificultam a fiscalização. Atualmente, cinco lagoas desse tipo estão em funcionamento na localidade, todas com cerca de 1,5 metro de profundidade.

Segundo a Embasa, as lagoas fazem parte de um sistema biológico de tratamento de esgoto, eliminando sujeiras e microrganismos nocivos. Apesar disso, a empresa alerta que o contato direto com essa água pode causar doenças. “Para evitar acidentes, placas de aviso foram instaladas e há monitoramento frequente na área, além de ações educativas nas escolas da região”, informa a estatal. Ainda assim, algumas pessoas desrespeitam as restrições e, em alguns casos, retiram as sinalizações.

O morador Roque da Cruz, 60 anos, confirma que há registros de pessoas se arriscando tomando banho na lagoa. "Menino eu nunca vi, mas tem um rapaz ali que toma banho direto. Até ratazana já pegaram aqui dentro", disse, pontuando que a presença de técnicos na manutenção da área poderia ser mais frequente.

Imagem ilustrativa da imagem Não vá que é barril! Tomar banho no 'pinicão' de Cajazeiras é laranjada
Foto: Olga Leiria / AG. A TARDE

Comunidade pede solução

Enquanto alguns moradores afirmam que a presença das lagoas não causa incômodos, outros se queixam de transtornos, como mau cheiro, proliferação de insetos e do risco de doenças. O aposentado Nilson dos Santos, 60 anos, afirma que, em geral, a estrutura não atrapalha a comunidade. "Não fede, só quando chove muito que a água transborda, mas não incomoda ninguém", comentou.

Por outro lado, o vendedor de peixe Roberto Carlos, que passa diariamente pelo local, defende o fim dos "pinicões". "Isso aqui tem que acabar. O mau cheiro é terrível, tem muriçoca, rato, tudo aqui. Era melhor jogar essa água no rio", reclamou.

Diante das críticas, a Embasa reforça a necessidade de conscientização da comunidade sobre os perigos do contato com a água das lagoas. Segundo a empresa, além da fiscalização e das placas de aviso, campanhas educativas são promovidas em escolas da região para que crianças e adolescentes entendam os riscos sanitários.

A estatal também destaca que a presença das lagoas é fundamental para o tratamento adequado do esgoto da região, evitando impactos ambientais mais graves. Enquanto isso, a recomendação segue a mesma: a entrada nas lagoas é proibida e pode representar sérios riscos à saúde.

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