
Um lançamento marcado por emoção, reverência e gratidão celebrou, na noite desta quarta feira (9), a trajetória de amor e serviço de Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira. O evento, realizado no Piano Bar do Palacete Tira Chapéu, no Centro Histórico de Salvador, marcou a estreia do livro 'Santa Dulce dos Pobres: a primeira santa brasileira e sua obra viva', escrito por Maria Rita Pontes, sobrinha da santa e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).
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Com 272 páginas, a obra reúne depoimentos de nomes consagrados da cultura, da política e da religião, como Fernanda Montenegro, Roberto Carlos, Padre Júlio Lancellotti, Xuxa, Paulo Gustavo, Thiaguinho, Divaldo Franco e Drauzio Varella. O livro é resultado de mais de seis anos de trabalho e foi pensado a partir da canonização de Irmã Dulce, reunindo relatos emocionantes de pessoas que conviveram com a religiosa ou foram tocadas por sua obra.
O livro está à venda por R$ 250, com 100% da renda revertida para a OSID, que acolhe anualmente milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade, como pacientes oncológicos, pessoas com deficiência, moradores de rua e dependentes químicos. A obra pode ser adquirida na Loja Irmã Dulce (Av. Dendezeiros do Bonfim, 161) e, em breve, em versão digital no site loja.irmadulce.org.br.
“Cada página é uma história de amor, fé e gratidão. As pessoas vão se identificar com os relatos, se emocionar com as experiências compartilhadas”, afirmou Maria Rita, durante sessão de autógrafos.

A autora destacou ainda os desafios enfrentados na produção do livro. “Foi um trabalho muito delicado, porque cada depoimento exigia autorização, cuidado com as palavras e respeito com a memória das pessoas. Mas valeu cada esforço. É uma celebração da vida e do legado de Santa Dulce, que continua viva por meio de cada história contada aqui”, explicou.
Entre os presentes no lançamento, a cantora Sarajane destacou a importância do legado de Dulce, especialmente para os moradores da Cidade Baixa, onde cresceu. “Eu e Margareth Menezes sempre estivemos ali com ela. Desde criança, a gente acompanhava aquele trabalho tão bonito. Ela deixou ensinamentos que marcaram nossa vida. Eu tenho uma ONG há 29 anos por conta dessa inspiração”, contou.

A publicação também traz fotografias históricas de Santa Dulce e imagens que ilustram a expansão de suas obras sociais na Bahia. Entre os marcos da narrativa está o famoso episódio do galinheiro, onde, em 1949, Irmã Dulce iniciou o acolhimento dos primeiros doentes, símbolo da origem de um dos maiores legados de solidariedade do país.
Para Patrícia Aparecida, jornalista e voluntária do grupo “Amigas de Dulce”, a obra vai além da homenagem. “Santa Dulce transcende o amor incondicional de Deus. Só a manutenção de um hospital que atende 100% SUS e realiza cerca de 3 milhões de atendimentos por ano já diz muito. O livro é um testemunho vivo desse legado que permanece”, pontuou.
Com patrocínio de instituições como a Confederação Nacional do Comércio, Shopping Barra, Neoenergia Coelba e Wilson Sons, o projeto foi realizado pelas Obras Sociais Irmã Dulce em parceria com a Editora VJ.
