
A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) abriu oficialmente a temporada de comemorações do Outubro Rosa com a cerimônia de entrega dos caminhões customizados para a campanha, realizada nesta sexta-feira (10), pela manhã, na sede do órgão, em Porto Seco Pirajá. A ação deste ano tem como tema “Força que brota, vida que floresce”, e busca reforçar a importância da prevenção e do autocuidado na luta contra o câncer de mama.
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O evento reuniu as agentes de limpeza da capital baiana, conhecidas como “margaridas”, que protagonizam a campanha. Segundo a Limpurb, dois caminhões itinerantes circularão por diversos bairros de Salvador ao longo do mês, levando mensagens de conscientização e incentivo à realização dos exames preventivos.
Para Ednalva dos Santos Silva, de 47 anos, que atua há uma década como margarida, o momento representa reconhecimento e valorização.
“É gratificante, porque trabalhamos muito tempo no anonimato e esse é o mês em que a gente floresce, como margarida. Podemos incentivar outras mulheres a se cuidarem. Já estou com todos os meus exames marcados, inclusive o da mama. A empresa sempre nos apoia quando se trata da nossa saúde”, afirmou. Ednalva contou ainda que perdeu a mãe para o câncer, que começou na mama e posteriormente atingiu o reto, o que reforça ainda mais, para ela, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
O presidente da Limpurb, Carlos Gomes, destacou o papel da empresa em campanhas de conscientização e valorização dos servidores.
“Estamos sempre presentes em pautas positivas, como o Outubro Rosa, Novembro Azul e outras datas importantes. Esses caminhões nas ruas reforçam a mensagem de que nossas margaridas precisam se conscientizar sobre a importância dos exames. Queremos que todas tenham tempo e condições adequadas para se cuidar”, disse.
Além da entrega simbólica dos veículos, a campanha também conta com ações nas redes sociais e em parceria com empresas e sindicatos, que foram orientados a garantir flexibilidade nos horários das funcionárias durante os exames.

O mês de outubro, simbolizado pela cor rosa, tem papel estratégico de mobilização social para promover a conscientização sobre o câncer de mama, alertar para os fatores de risco e estimular a detecção precoce da doença. A detecção precoce, por meio de exames regulares, é fundamental para aumentar as chances de cura e diminuir a mortalidade. No Brasil, estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama ocorram por ano no período de 2023 a 2025, com uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. A doença é a que mais acomete mulheres no país (excluindo tumores de pele não melanoma) e é também a principal causa de morte por câncer entre mulheres.
O autoexame das mamas serve como uma ferramenta de autoconhecimento, para que cada mulher possa perceber alterações em seu próprio corpo e procurar orientação médica caso note algo fora do comum.
O Massa preparou um passo a passo simples de como realizar o autoexame:
Em frente ao espelho
Com braços caídos e depois levantados, observe as mamas quanto a alterações visuais, depressões, ondulações, retrações, diferenças de contorno, assimetrias ou secreções nos mamilos.
Palpação em pé (ou no chuveiro)
Com a pele molhada ou ensaboada, eleve um braço e com a outra mão deslize os dedos na mama contrária, usando movimentos circulares ou lineares, da base até o mamilo, incluindo a região da axila.
Palpação deitada
Deitada, com um braço apoiado atrás da cabeça, apalpe a mama do lado oposto com a mão contrária, fazendo movimentos suaves e cobrindo toda a superfície da mama até a base.
Verificação de sinais adicionais
Ao fim da palpação, pressione delicadamente os mamilos para verificar possibilidade de secreção. Observe também se há endurecimentos, caroços ou partes mais firmes.
Idealmente, o autoexame deve ser feito uma vez por mês, preferencialmente entre o 3º e 5º dia após o início da menstruação, quando as mamas estão menos sensíveis. Mulheres que já não menstruam podem escolher um dia fixo do mês para isso.
Vale ressaltar que o autoexame não substitui os exames clínicos e de imagem (como a mamografia), que são essenciais para diagnóstico precoce.
*Sob supervisão do editor Anderson Orrico