O Ministério da Saúde anunciou a implementação de uma nova política pública de combate ao Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A medida amplia uma estratégia desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizando estações disseminadoras de larvicidas (EDLs) para reduzir a população do mosquito, especialmente em grandes cidades.
As EDLs são potes com dois litros de água parada, distribuídos em locais de proliferação dos mosquitos. As fêmeas do Aedes aegypti, atraídas para depositar seus ovos, encontram um tecido sintético impregnado com o larvicida piriproxifeno. O larvicida adere ao corpo das fêmeas, que o transportam para outros criadouros, afetando o desenvolvimento dos ovos e larvas.
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De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, as fêmeas visitam muitos criadouros, colocando poucos ovos em cada um. Estudos mostraram que aquelas que pousam na armadilha acabam disseminando o larvicida em um raio que pode variar entre 3 e 400 metros.
Essa abordagem permite alcançar criadouros situados em locais inacessíveis e indetectáveis, como dentro de imóveis fechados e em áreas de difícil acesso nas comunidades com urbanização precária. A estratégia também se mostrou eficaz em galpões de catadores de materiais recicláveis, onde há muitos recipientes que acumulam água parada e que nem sempre são facilmente encontrados.