Será lançado na próxima segunda-feira (15) o livro "Mãe da Liberdade: A trajetória da Ialorixá Hilda Jitolu, matriarca do Ilê Aiyê" em um evento exclusivo para convidados. A cerimônia acontece na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, em Salvador. O livro é fruto da pesquisa de mestrado em Estudos Étnicos e Africanos da jornalista Valéria Lima, que também é neta da líder religiosa e diretora-executiva do Instituto Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu.
Intitulado “Mãe da Liberdade”, o livro detalha a trajetória de Mãe Hilda Jitolu, destacando sua importância como matriarca do Ilê Aiyê, o mais antigo bloco afro do Brasil. A obra é baseada na pesquisa de Valéria Lima, que além de ser jornalista, é uma das netas de Mãe Hilda, o que proporciona uma perspectiva íntima e detalhada da vida e das contribuições da ialorixá.
A Trajetória de Mãe Hilda Jitolu
Mãe Hilda Jitolu, uma das figuras mais influentes no candomblé e na cultura afro-brasileira, foi a matriarca do Ilê Aiyê, fundado em 1974 no bairro do Curuzu, em Salvador. Sob sua liderança espiritual, o Ilê Aiyê não apenas se tornou um ícone cultural e de resistência negra, mas também um promotor da valorização da identidade afro-brasileira. Mãe Hilda era conhecida por seu profundo conhecimento das tradições religiosas africanas e por seu papel como uma guia espiritual para a comunidade.
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A contribuição de Mãe Hilda vai além do campo religioso. Ela foi uma ativista incansável pelos direitos da população negra e pela preservação das tradições culturais africanas no Brasil. Sua casa, a Senzala do Barro Preto, tornou-se um centro de resistência cultural e religiosa, onde muitos jovens encontraram orientação e inspiração.