Novos desdobramentos sobre o caso da explosão de uma fábrica clandestina de fogos de artifício, ocorrida há 25 anos, na cidade de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo da Bahia, surgiram nesta terça-feira (12). Um deles é referente à prisão do filho do dono da empresa. A detenção de Gilson Prazeres Bastos Nunes ocorreu durante a fiscalização conjunta feita na região para ‘barrar’ a produção ilegal desses artefatos.
A origem da prisão levou em consideração as constatações de irregularidades na Artesanato de Fogos Boa Vista. Gilson, então, foi conduzido para a delegacia do município. Aspectos como transporte e armazenamento de material explosivo sem cumprimento de normas de segurança e sem autorização necessária do Exército estavam em baixa.
Desde esta segunda-feira (11), data que marcou a morte de 64 pessoas há mais de duas décadas, movimentos fiscalizatórios têm ocorrido.
Agentes do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-BA), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) e do Conselho Regional dos Químicos (CRQ) estão atuantes nessa ação.
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Na propriedade rural, no distrito de Boa Vista, em Ronco d’Água, as equipes apreenderam cerca de 300 caixas de fogos de artifício de origens diversas. Produtos artesanais feitos no local, os quais tinham pólvora como integrante, também caíram por terra.
Dessa forma, a carga de explosivos foi apreendida e repassada ao 35º Batalhão de Infantaria do Exército, situado na cidade de Feira de Santana. O material será periciado pelo Departamento de Polícia Técnica e, em seguida, deverá ser destruído.
Quem é GIlson
Vereador por três mandatos, Gilson foi vereador por três mandatos. Agora, ele deverá ser enquadrado no art. 253 do Código Penal, que prevê pena de detenção entre seis meses e dois anos, além de multa.