A potência, diversidade, qualidade e criatividade de produtos alimentícios e artesanais produzidos por agricultores e lavradores de todos os cantos da Bahia podem ser vistos e adquiridos na 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que segue aberta ao público até este domingo (14), no Parque Costa Azul, em Salvador.
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Chopp de licuri, cachaça com sabor de acarajé, beiju de capim santo, sequilhos da folha da banana, queijos de cabra, hambúrguer de suíno, roupas de crochê, mel do cacau, além de outras inúmeras opções, são parte dos itens comercializados no evento que, segundo Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), realizadora da feira e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), movimenta cerca de R$ 15 milhões.
“Temos aqui 600 estandes expositores representando entre 50 e 60 mil agricultores e familiares através das associações e cooperativas. Estamos falando que é uma feira que movimenta R$ 15 milhões. A política pública encostou nessas famílias através de muito esforço do Estado. Temos aqui quase 7 mil produtos vindo desse esforço coletivo do Governo do Estado da Bahia, dos municípios e da sociedade civil organizada através das cooperativas e associações. Então, a Feira é a centralidade disso tudo, onde a gente consegue reunir essa diversidade do extremo sul da Bahia, do extremo norte, do leste, do oeste, dos 27 territórios, do artesanato baiano, da economia solidária”, pontuou.
O diretor da CAR ainda destacou que, a cada edição, a Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária tem ampliando o leque de expositores. “Este ano, por exemplo, está tendo uma tenda de flores justamente para poder trazer essa riqueza, as flores de Maracás, as flores de Morro de chapéu. Criamos um espaço temático nessa edição com os arranjos produtivos, valorizando alguns arranjos como o cacau, arroz, café, mandioca, queijos artesanais. Então é essa diversidade que tem atrelado”, declarou.
Além dos espaços Caminho da Roça e Flores da Bahia, opções novas, a iniciativa também conta com 26 restaurantes em duas praças gastronômicas. O espaço reúne mais de 150 estandes que incluem, também, tendas indígenas e quilombola.
Jamile Lima de Santana, moradora do Quilombo de Cordoaria, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, está entre os produtores participantes da feira. O seu estande chama a atenção pelos beijus coloridos feitos por e que carregam em si sabores que fogem dos tradicionais, a exemplo de beterraba, maracujá, mandioca, capim santo e clitoria. “Para mim é uma maravilha estar aqui novamente para trazer todo o sabor dos meus beijus. Estou inovando nos produtos e, este ano, já tenho beijus de beterraba sem açúcar. Enfim, estar nesta feira junto com outros produtores é encantador”, disse Jamile que comercializa na feira há seis anos.
Também da RMS, Ana Lúcia Vieira Gomes, que reside na Comunidade de Cancelas do Jordão, em Camaçari, enxerga o evento como uma vitrine para fazer novos clientes e expandir a sua marca. Ela, assim como Jamile, também é responsável pela produção dos seus próprios produtos.
"O meu sítio é de produtos orgânicos. Eu vendo tanto os naturais como os processados, que é o processo das frutas e das verduras na minha própria cozinha. Trouxe alguns dos meus produtos como cocadas e sequilhos de sabores diferenciados. Quem não puder comparecer na feira, pode me encontrar no Museu de Arte da Bahia toda quinta-feira, aqui em Salvador, no Shopping Boulevard, em Camaçari, às sextas ou no Mercadão Municipal de Monte Gordo, aos domingos", disse.
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