
Para além da música e da pichação, algo que sempre esteve ligado ao hip-hop são as questões sociais. Criado há dez anos, o coletivo Fábrica de Rimas utiliza os pilares do movimento hip-hop para ajudar a comunidade de Nova Brasília. Celebrando essa trajetória de uma década, o projeto irá lançar um documentário que aborda um pouco de sua história. Com entrada gratuita, o lançamento ocorre nesta quarta-feira (1º), às 18h30, na praça de Vila Mar.
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Além de revisitar o passado do projeto, o doc ‘Fábrica de Rimas - Uma Década de Hip-Hop’ simboliza um novo passo para o coletivo. “O documentário surge para marcar essa história que a Fábrica de Rimas conseguiu construir e a partir disso tentar uma nova composição para alcançar ainda mais público”, disse Deisilene Silva, presidente da Fábrica de Rimas, em entrevista ao MASSA!
Para Deisilene, o papel de iniciativas como a Fábrica de Rimas é essencial para o fomento de arte em ambientes mais marginalizados. “Por ser uma comunidade periférica, afastada dos grandes polos de cultura, uma iniciativa como essa fomenta, junto a comunidade, desejos que de repente estão adormecidos”, argumentou.
Distribuição de alimentos, capacitação de jovens e realização de oficinas são apenas algumas das coisas organizadas pelo projeto. “A Fábrica de Rimas tem como pilares fazer, por meio da cultura do hip hop, a promoção de ações de arte, educação e cunho social”, reafirmou.
A noite de exibição também vai contar com a 42ª edição da Batalha do EVA. Aqueles que desejam concorrer ao prêmio de R$ 200, bastam levar 1 KG de alimento, suas melhores rimas e um pouco de bom senso. “A questão da batalha ser mais limpa é por conta do público que a gente tem. Não proibimos do MC se expressar, a gente só pede que a expressão seja de uma forma que não agrida ninguém”, disse Eric Lima, um dos organizadores da batalha.