Um decreto publicado pela Prefeitura de Itacaré , no último dia 12, proibiu o uso de caixas de som, o preparo e manipulação de alimentos – o churrasquinho ou a “farofada” – e outras condutas nas praias do município que fica no sul da Bahia. As multas para quem descumprir as novas regras podem chegar a até R$ 20 mil.
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A fiscalização e a aplicação das sanções são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e a Secretaria de Turismo.
Pensando nisso, o Portal MASSA! foi às ruas para ouvir a opinião dos banhistas soteropolitanos sobre as novas regras da cidade do litoral sul baiano.
Acompanhado de sua caixa de som, o agente de segurança Neyrubem Pereira demonstrou discordância quanto à proibição de aparelhos sonoros. “Vamos botar uma lei que limita, mas não com agressão. Tem que ter bom senso. Se tiver, vai dar tudo tranquilo, se não tiver, vai dar confusão”, pontuou.
Já a assistente logística Mirella Santos acredita que a lei poderia ser mais flexível, sugerindo um ajuste no nível de som. “É um som por lugar ou talvez o comércio local poderia colocar um som até um certo horário para a gente também não perder essa distração”.
Embora insatisfeita com a possibilidade de as proibições chegarem a Salvador, ela afirmou que continuaria frequentando as praias. “Não é questão do som, porque eu não sou muito de ficar ouvindo música alta, nem do churrasco, mas eu ficaria triste não só por mim, mas por outras pessoas”, desabafou.
Para a psicóloga Mércia Muniz, os banhistas deveriam trazer os alimentos já preparados para evitar bagunça e lixo nas praias. “Acho que poderia já trazer pronto. A gente está falando de um lugar público, mas nem todo mundo tem consciência de como consumir no local”.
O motoboy Gilmar de Almeida, por sua vez, apoiou a proibição do churrasquinho. “Eles têm que proibir. É o que mais tem aqui [no Porto da Barra]. Eu tive um colega que queimou o pé porque pisou em cinzas de carvão”, bradou.