
O vai e vem de sacolas tomou conta da Avenida Sete, no Centro de Salvador, com a procura para presentes para o Dia das Mães. Faltando um dia para o domingão (11), quem ainda não comprou o presente da matriarca está correndo contra o tempo. Entre um guarda-chuva e outro, por causa do temporal que tem dado as caras na capital dos baianos nas últimas semanas, vendedores e consumidores se revezam nas calçadas da localidade para garantir o ‘mimo’ da rainha do lar.
Para separar presentes que podem agradar mamães baianas, o Portal MASSA! foi às ruas ouvir algumas orientações de quem tem propriedade no assunto. Na vitrine improvisada pelas ruas e becos, os itens mais procurados são das mais variadas categorias.
Stephanie Nascimento, 24 anos, que trabalha puxando clientes para uma das lojinhas da região, aponta quais são os itens mais procurados: “Calcinha, baby doll, algumas roupas… Biquínis também saem muito. A galera sobe, vê e acaba levando”, contou. Segundo a jovem, quem compra geralmente tenta montar um kit com mais de um produto. “Às vezes levam uma peça íntima, uma blusa e uma bolsa pequena. Fazem um pacotinho legal.”, explica.

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Bolsas estão entre os queridinhos
As bolsas e mochilas também têm seu espaço cativo nas sacolas de quem está escolhendo o mimo da mãe, especialmente os modelos maiores e mais práticos para o dia a dia. Irene Santana, 38 anos, comanda um ponto de venda na região e explica que o movimento ainda não chegou ao pico esperado, mas alguns modelos continuam saindo bem. “As que têm saído mais são aquelas tipo canoa, com a alça larga. Os preços dos produtos variam, então cabem em todos os bolsos. Tem umas de R$ 30, mas também tem as que são um pouco mais caras, que chegam a R$ 130”, detalhou.

Além de comerciante, Irene é mãe de uma adolescente e destaca que nem sempre o presente precisa ter valor material. “Pra mim, quando minha filha posta uma mensagem ou faz uma surpresa, é muito especial. Isso vale muito, principalmente vindo dela”.
Afeto continuam em alta
Entre as lembranças mais tradicionais, os itens de pelúcia continuam chamando atenção. Corações, emojis e os pequenos ursos costumam ser combinados com outras lembrancinhas ou usados para compor cestas. Simone Cruz, 59 anos, que trabalha há quase 29 anos no comércio informal e mora em Cosme de Farias, afirma que a simplicidade desses presentes ainda conquista muitos filhos. “Tem muita gente que compra um ursinho e junta com chocolate ou um bilhete. Vai muito da intenção”, explicou.
Formada em Economia, Simone optou por não seguir carreira na área. “As colegas que se formaram comigo ganham R$ 1.000, R$ 2.200. Aqui no comércio eu consigo ter um plano de saúde e manter a renda estável”. Sobre o presente que mais a marcou, não tem dúvida: “Foi ver minha filha se formar em Farmácia. Isso vale mais do que qualquer presente físico”.
E o que os filhos dizem?
Já entre quem foi às compras, a reação é variada. Adilene de Jesus, de 25 anos, ainda estava na fase de pesquisa, mas fez questão de destacar o que não pretende comprar. “Pano de prato, sacanagem, né?! Isso aí não é presente”, afirmou. Segundo a jovem, sua mãe já tem preferências de presente bem definidas: “Ela falou que queria mesmo era uma cama nova ou um celular. Eu tô tentando ver o que dá pra encaixar no orçamento”.
Luana Araújo já garantiu parte do presente. “Comprei perfume e relógio. Agora tô olhando uma bolsa e uma sandália, pra fechar”, disse. Para ela, itens de uso doméstico não combinam com a data. “Presentear com coisa de casa, tipo panela ou vassoura, não rola. Tem que ser algo pra ela mesma”. Sobre os preços, como consumidora, a mulher reconhece o impacto. “Tá tudo mais caro, sim. Mas mesmo assim, não dá pra deixar passar em branco”.
Expectativas nas alturas
Com a aproximação da data, os comerciantes da região aguardam que o movimento aumente nas próximas horas, com a expectativa de que aqueles que deixaram a compra para a última hora impulsionem as vendas.
*Sob supervisão do editor Pedro Moraes