
Chegou ao fim a expectativa dos mais de 428 mil baianos inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Neste domingo (16), o MASSA! está nas ruas e bateu um papo com os candidatos. Entre eles, o público mais velho compareceu cheio de sonhos, como é o caso de Valdeciria Monteiro Gomes.
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A coroa, de 62 anos, é ‘das antigas’ como participante da prova. Para ela, só de estar inscrita, já é motivo de celebrar. Na base da resenha, a moça ainda brincou sobre disputar vagas em universidades com a garotada mais nova.
“Esse ano me preparei para ter uma nota mil. Estou tranquila hoje. Creio que nada vai ser um problema, porque creio que quando a gente decide fazer, já é vencedor. Sei que tô competindo com uma galera muito boa, de jovem que vem aí, mas acredito que vou fazer uma boa prova, assim como da semana passada”, analisa Valdeciria.
Engenheiro da família
Aos 54 anos, Josué Jesus da Silva, já perdeu as contas de quantas vezes fez o Enem. Com a expectativa a mil, ele também espera uma prova ‘pegada’ neste domingo, porém sem desespero, afinal, para ele, “estudando, passa”.
“[A experiência] no começo foi razoável, geometria analítica, matemática instrumental, mas quando chegou cálculo I, vem aquela bagaceira. Mas, estudando, passa”, reflete. “Não tenho nervosismo não, é estudar e meter mão. Nervosismo acontece, mas o negócio é não deixar de fazer”, acrescenta.

Comemoração do primeiro dia
Os assuntos da semana passada envolveram 90 questões objetivas, divididas em linguagens e ciências humanas. Do mesmo modo, o tema redação do Enem foi “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. No geral, não faltou motivo para Valdericia comemorar.
“Falando de mim, como é que não gosto? Falando de mim, é claro que gostei. Na prova da semana passada, eu fiz 72 acertos, de 90 questões, estou feliz da vida, pra quem tá fora da escola há muitos anos. Tô confiante”, vibra.
Sobre a redação, Josué achou massa a reflexão da realidade vivida pelo homem: “O que falou ali [tema de redação] é a realidade. A expectativa do homem vivendo na terra, não passa disso aí não, às vezes morre de infarto, diabetes, são várias as dificuldades. O homem da cidade, na realidade, não vive muito tempo.”
