Já ouviu falar na frase ‘o proletariado não tem um dia de paz? Caso não tenha escutado, certamente, o soteropolitano verá isso com os próprios olhos nesta quinta-feira (4). Isso porque, nesta quarta-feira (3), a previsão é de que os ônibus saiam das garagens após às 8h
“Amanhã vamos fazer assembleias nas portas de algumas garagens, preparando os trabalhadores, informando o que está acontecendo. Será uma de várias que vamos iniciar, teremos amanhã e, durante a semana, avaliaremos quais são os melhores dias para darmos continuidade para as mobilizações”, decretou o dirigente do Sindicato dos Rodoviários, o vereador Tiago Ferreira, em entrevista ao Portal Massa!.
Questionado sobre a existência de uma greve a curto prazo, Tiago mencionou que, nesta quarta, as negociações foram encerradas, já que nenhuma pauta proposta pelo sindicato foi aceita. Desde março, os rodoviários negociam com o setor empresarial do transporte público.
“A última rodada hoje com os empresários foi extremamente negativa que não tem nenhuma proposta de reajuste salarial, nenhuma pauta que apresentamos foi aceita. Agora vamos mobilizar os trabalhadores para uma possível greve. Ainda é um processo de diálogo, porque como somos uma comissão de negociação, precisamos negociar, voltar, para poder dialogar com a base, que é quem defende a greve ou não. É preciso entrar outros atores, o prefeito da cidade, talvez o Ministério Público do Trabalho, a antiga Superintendência do Trabalho para mediar esse conflito entre capital e trabalho”, menciona.
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Ainda segundo o dirigente do Sindicato dos Rodoviários, o decreto de uma greve geral só aconteceria após cerca de uma semana.
"Nas próximas semanas em diante, vamos chamar uma assembleia geral da categoria, colocar edital e preparar a greve, que tem um rito. Primeiro, a assembleia de cinco dias, depois, mínimo de 72 horas, para se instalar uma greve geral”, finaliza.