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Polêmica - 25/11/2024, 17:51 - Da Redação

Associação Nacional das Baianas rejeita mudanças no acarajé: "Não aceitamos"

Releitura na receita da iguaria geram debate em Salvador

Nesta segunda (25), é comemorado o Dia Nacional das Baianas de Acarajé
Nesta segunda (25), é comemorado o Dia Nacional das Baianas de Acarajé |  Foto: Shirley Stolze / Ag A Tarde

Patrimônio imaterial do Brasil, o acarajé é tradicionalmente feito com feijão fradinho e acompanha recheio de vatapá, caruru, salada e camarão seco. Apesar de diversas releituras do prato, como o ‘Acaracrente’, desenvolvido por Rosângela de Jesus, a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos da Bahia (Abam) rejeita alterações na receita original da iguaria.

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É o que disse ao Portal Massa! a baiana Rita Santos, coordenadora da Abam. Ela critica as mudanças e ressalta que o principal papel da organização é manter o legado ancestral do ofícios das baianas de acarajé, especialmente no que diz respeito às vestimentas e à preparação do prato.

"Essas alterações distorcem a nossa cultura, nós estamos aqui pra preservar, então não aceitamos nenhum tipo de modernização na receita, nem na roupa tradicional. Você pode fazer alguma alteração no tabuleiro, antes as baianas começavam com panelas de barro, depois passou pra plástico, alumínio, hoje trabalham com inox, isso é inovação. Agora, mexer na roupa e na receita do acarajé, não", explica.

"Enquanto o Abam estiver aqui, enquanto eu estiver como coordenadora nacional da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, vamos trabalhar para preservar, vamos trabalhar para salvaguardar o ofício, o legado que nossos antepassados nos deixaram. Nada de mudança. A gastronomia pode fazer as mudanças que eles quiserem, mas no nosso ofício, baiana do acarajé, não", enfatiza.

Embora o ofício das baianas do acarajé seja considerado Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil, desde 2005, e na Bahia há 12 anos, a Abam reivindica o plano de salvaguarda no estado, que busca melhores condições de trabalho. "Há um PL na câmara dos deputados, onde vai determinar algumas regras. Dessa maneira, a gente acha que vai continuar mantendo o acarajé como deve ser feito", esclarece.

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