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Reconhecimento - 20/11/2024, 07:00 - Vitória Sacramento

Baianas e baianos de acarajé são homenageados pela SMS

Encontro foi realizado na Escola de Saúde Pública Municipal, no bairro do Comércio

Ofício das baianas de acarajé é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil
Ofício das baianas de acarajé é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil |  Foto: Bruno Concha/ Secom PMS

A maioria dos baianos ama acarajé. Foi pensando nos profissionais dessa área tão importante que a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) organizou, nesta terça-feira (19), um evento especial para homenagear as baianas e os baianos de acarajé e mingau, em celebração ao Dia Nacional dedicado a esses trabalhadores, comemorado em 25 de novembro. A iniciativa, promovida pela Diretoria de Vigilância da Saúde (DVIS), buscou ressaltar a importância cultural, econômica e histórica dessa tradição para a Bahia.

O encontro foi realizado na Escola de Saúde Pública Municipal, no bairro do Comércio, e contou com a participação do nutricionista Lincon Pimentel, que ministrou a palestra "Cultura Alimentar na Bahia". Durante o evento, foram abordados temas como a ancestralidade da culinária baiana, o papel das baianas na formação da identidade cultural do estado e a relevância do acarajé e outros pratos típicos na história local, incluindo sua contribuição para momentos marcantes como a independência da Bahia.

Desde 2005, o ofício das baianas de acarajé é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Esse reconhecimento não apenas enaltece o valor cultural, mas também destaca a contribuição socioeconômica dessas profissionais. “O acarajé não é apenas uma comida de rua; é um símbolo de uma história rica, da cultura negra e da identidade baiana”, afirmou Lincon Pimentel. Ele também destacou a importância de eventos que conectem essas profissionais à sua história e aumentem o senso de pertencimento.

A subcoordenadora do setor de alimentos da Vigilância Sanitária,Gilmara Sodré, enfatizou que ações como essa também visam garantir boas práticas de higiene e manipulação de alimentos, assegurando a segurança alimentar e a saúde dos trabalhadores. As baianas recebem treinamentos regulares, que incluem orientações sobre descarte adequado de resíduos, vestimenta e precificação justa de seus produtos.

Para Angelimar Trindade Santos Souza, diretora administrativa da Associação das Baianas de Acarajé (Abam), o trabalho vai além do preparo do alimento. Angelimar destacou esforços para ampliar os horizontes dessas profissionais, oferecendo cursos de capacitação em redes sociais, contabilidade e empreendedorismo, além de experiências culturais e educativas. “Minha missão é mostrar que existe um mundo de possibilidades além do tabuleiro”, declarou.

Ainda segundo Gilmara essa abordagem integrada busca fortalecer a autoestima e o reconhecimento das baianas como símbolos vivos da história e cultura da Bahia, enquanto promove o desenvolvimento pessoal e profissional. O evento também serviu para fortalecer a luta pela valorização contínua dessas trabalhadoras, que “carregam em suas receitas e vestimentas o peso de uma ancestralidade única”, como comentou Angelimar.

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