Morar na Baixinha de Mussurunga, na cidade de Salvador, tem sido um desafio cheio de dor de cabeça. Isso porque o Portal MASSA! apurou que uma obra particular dentro de um terreno provocou uma série de alagamentos e rachaduras em casas de habitantes da Rua da Adutora.
Informações iniciais indicam que um rapaz, identificado pelo prenome de Júlio, comprou um terreno próximo à Estação Mussurunga e fez com que o canal fluvial fosse aterrado. “Aqui há casas em risco de sair, estamos sofrendo muito, precisamos reabrir esse canal. O japonês [comprador] aterrou a lagoa da gente toda, empurrou para casa de uns quatro moradores. As casas estão se rachando, cedendo”, mencionou o líder comunitário Luiz Carlos Júnior, em entrevista ao Portal MASSA!.
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Ainda segundo outro morador, que teve a identidade preservada, pastas da Prefeitura de Salvador já estiveram no local, deram ordem de paralisação da obra, mas o proprietário do terreno continua o exercício. “A gente vem sofrendo há cerca de quatro anos com o aterro do nosso canal. Mesmo intimado ele continua aterrando ainda. Em tempo de chuva, as casas ficam todas alagadas, perdemos móveis, as crianças pegam doenças como tuberculose. Já tentei várias vezes conversar com o japonês, mas ele continua querendo aumentar o terreno dele dessa forma”, reforçou.
O dono do terreno também foi procurado por meio de contatos telefônicos, para dar a sua versão sobre os fatos, mas não respondeu à reportagem do MASSA!.
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O que os órgãos falam
O Portal MASSA! entrou em contato com a Secretaria de Manutenção da Cidade (SEMAN). Segundo a assessoria do local, pelo fato do terreno ser particular, o órgão não pode fazer qualquer ação no local apontado.
Do mesmo modo, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (SEDUR), responsável pelo licenciamento e fiscalização de qualquer obra em Salvador, foi procurada pela reportagem para saber se há projeção de vistoria e possível notificação para o desenterramento. No entanto, até a publicação desta matéria, não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
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Como se trata de destruição de área verde, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) também foi procurado pelo Portal MASSA!. Em outro momento anterior, um fiscal do órgão, identificado pelo prenome Rodrigo, esteve no local, registrou o fato, mas a obra segue em andamento. Agora, contudo, não houve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço também segue aberto.
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