A Bahia será beneficiada pela Rede Alyne, novo programa do Governo Federal, via Ministério da Saúde, que visa reduzir a mortalidade materna e de bebês no estado. O programa, que substitui a antiga Rede Cegonha, tem como meta reduzir em 25% o número de mortes maternas até 2027, e é uma homenagem a Alyne Pimentel, uma mulher que faleceu grávida de seis meses em 2002, por falta de atendimento adequado em Belford Roxo (RJ).
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A Rede Alyne surge em um cenário alarmante de aumento das mortes maternas no Brasil, que atingiram 3.030 casos em 2021, um crescimento de 74% em relação a 2014. Na Bahia, o aumento foi de 30%, com 195 óbitos maternos registrados em 2021. A nova iniciativa busca enfrentar esses desafios, especialmente entre as populações mais vulneráveis.
Uma das principais novidades do programa é a integração entre a maternidade e o sistema de Saúde da Família, com a qualificação das equipes e a ampliação do Complexo Regulatório do SUS, garantindo prioridade de atendimento para gestantes que necessitam de suporte no deslocamento para a maternidade.
O objetivo central da Rede Alyne é assegurar que as gestantes recebam cuidado integral durante a gravidez, eliminando a peregrinação por atendimento médico, como aconteceu com Alyne, cuja morte se tornou um símbolo da luta por uma maternidade segura no Brasil.