Neste 16 de setembro, o mundo celebra o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, uma data que visa conscientizar a população sobre a importância da doação e os impactos positivos que ela pode ter na vida de muitas pessoas. A doação de medula óssea é um ato solidário que pode salvar vidas, especialmente de pacientes que enfrentam doenças graves, como leucemia e outros tipos de câncer.
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É muito importante destacar que a doação de medula óssea não é uma troca, e sim um ato de empatia e solidariedade, mas, o que muitas pessoas não sabem é que a doação voluntária de medula também traz benefícios para o doador: foi sancionada, em 2018, uma lei que isenta doadores de medula do pagamento de taxas de inscrição em concurso público.
A medida está prevista na normativa de número 13.656/2018 e, para requerer este benefício, o candidato deverá comprovar, no ato da inscrição, que é devidamente registrado como um doador. Em 2024, de acordo com o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cerca de 71 mil novos doadores se cadastraram no registro até o início de setembro
Mas o que é a medula óssea?
O transplante de medula óssea pode ser muito importante no tratamento de doenças que afetam o sangue, como leucemias e anemias. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que devem surgir cerca de 34,6 mil casos de leucemia no Brasil até o próximo ano, por isso a doação deve ser incentivada.
“Medula óssea é uma substância que fica localizada dentro dos ossos e tem a capacidade de produzir as células sanguíneas como glóbulos brancos e vermelhos, assim como plaquetas. Quando a pessoa recebe o transplante, o organismo tem mais chances de começar a produzir as células saudáveis”, explica Roberto Luiz da Silva, hematologista e coordenador da equipe de transplante de medula óssea e terapia celular na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. "O transplante de medula óssea é uma das formas de tratamento e possibilidade de cura da leucemia”, destaca.
Como doar?
Para se tornar um doador de medula óssea, siga os seguintes passos:
Verifique os requisitos: Geralmente, podem se cadastrar como doadores pessoas saudáveis entre 18 e 55 anos, estar saudável e não ser portador de doenças incapacitantes, infecciosas, câncer, com baixas condições imunológicas ou doenças hematológicas.
Cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME): Para se inscrever, você pode procurar um hemocentro ou hospital que faça o cadastro. No Brasil, o procedimento é simples e gratuito. Você deverá preencher um formulário e fornecer uma amostra de sangue, que será utilizada para a tipagem do HLA (antígenos leucocitários humanos).
Manutenção do cadastro: Após se cadastrar, é importante manter seus dados atualizados. Se você mudar de endereço ou telefone, informe ao REDOME.
Aguarde a convocação: Caso você seja compatível com algum paciente que necessite de transplante, você será contatado para realizar a doação. O processo de doação pode ser feito por coleta de sangue ou por punção da medula óssea, conforme a necessidade do paciente.
Apoio psicológico e acompanhamento: Os doadores recebem acompanhamento psicológico e apoio durante todo o processo, desde a doação até a recuperação.
A doação de medula óssea é um procedimento seguro. Na maioria das vezes, a coleta é feita através de um processo simples e indolor, similar a uma doação de sangue, ou, em casos mais raros, através de um procedimento cirúrgico sob anestesia. Ao se tornar um doador, você se junta a uma rede de pessoas dispostas a ajudar aqueles que mais precisam.