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Saúde - 03/05/2024, 05:55 - Silvânia Nascimento

Maternidade de Salvador lança caderneta para gestação de homens trans

Iniciativa é da Maternidade Climério de Oliveira (MCO), da Universidade Federal da Bahia (Ufba)

Lançamento ocorreu em evento no Instituto de Ciências da Saúde da Ufba
Lançamento ocorreu em evento no Instituto de Ciências da Saúde da Ufba |  Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Mesmo diante de tantos desafios que encontra no dia a dia, o público LGBTQI+ encontrou, na quinta-feira (2), mais um motivo para seguir acreditando numa sociedade mais justa.

A Maternidade Climério de Oliveira (MCO), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), lançou a primeira caderneta de acompanhamento gestacional de homens transexuais e, a partir agora, o documento, que antes era utilizado apenas para mulheres cisgênro, passará a ser usado, também, por esse público.

O documento, inédito no Brasil, coloca a Bahia à frente dessa iniciativa que tem como um dos principais objetivos promover a inclusão e proporcionar aos homens trans, por meio do programa Transgesta, existente desde 2021, um acompanhamento gestacional mais completo.

"É um instrumento que possibilita a inclusão, a visibilidade, o pertencimento, o atendimento especializado, respeitando a identidade de gênero, os corpos trans e a transparentalidade. Além disso, o uso da caderneta contribui com a produção de dados claros e quantitativos sobre gestações transmasculinas", explicou a superintendente da MCO da Ufba, Sinaide Coelho.

Bernardo Costa Silva, 26 anos, está vivendo a primeira gestação e, desde a descoberta da gravidez, que realiza o pré-natal na Maternidade Climério de Oliveira. Agora, ele e o seu companheiro comemoram a chegada da caderneta.

“Eu me senti extremamente acolhido desde o primeiro atendimento, me surpreendi porque eu não esperava, já que nunca passei por lá. Com a caderneta vamos acompanhar e viver cada desenvolvimento do nosso bebê", disse ao MASSA!.

O valor da caderneta

A superintendente da maternidade destacou outros pontos importantes da caderneta. “Qualificar o atendimento de um pré-natal de qualidade, que vai minimizar qualquer risco à saúde do indivíduo. Com isso, leva maior adesão. Acima de tudo, ele se reconhece naquela caderneta com seus direitos reprodutivos sexuais respeitados. Essa caderneta foi construída não só por profissionais de saúde, mas também pela população, pelas pessoas, pelos homens trans que passaram pelo nosso atendimento”, disse.

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