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O bicho está pegando - 28/02/2024, 20:28 - Da Redação e Agência Brasil

Idosos são os mais afetados pela dengue; DF e 6 estados em emergência

São mais de 7,7 mil casos considerados grave e com sinais de alarme

Idosa atendida pelo Samu
Idosa atendida pelo Samu |  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, alertou para o alto número de casos graves de dengue no país – sobretudo entre idosos com algum tipo de comorbidade. A declaração foi dada nesta quarta-feira (28), durante reunião com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

“Esse é nosso pior pico dos últimos anos. Precisamos pensar em uma entrada diferenciada para esses idosos no sistema de saúde. Uma porta de entrada para diagnóstico inicial e, para os pacientes que já estão com dengue e apresentaram piora no quadro, outro tipo de atendimento. Eles não podem competir com todos os outros para serem avaliados”, disse Ethel.

São mais de 7,7 mil casos considerados grave e com sinais de alarme, conforme dados do ministério.

De acordo com a secretária, apesar do aumento de casos graves, o país registra menor letalidade provocada pela dengue. Os principais sorotipos que circulam no Brasil, neste momento, segundo ela, são o 1 e o 2, mas há registros do tipo 3 e do 4. No ano passado, o principal sorotipo em circulação era o 2.

Durante a reunião, em Brasília, a secretária lembrou que, em 2023, o pico da dengue foi registrado entre o final de março e o início de abril. Em 2024, dados da pasta mostram que os primeiros dois meses já ultrapassaram o total de casos registrados durante o pico do ano anterior.

O painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde registra, desde 1º de janeiro, 991 mil casos prováveis de dengue e 195 mortes confirmadas. Há ainda 674 mortes em investigação. O índice de incidência, atualmente, é de 488 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Dia D

No próximo sábado (2), o Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, vai realizar o Dia D de combate à doença. Com o tema Brasil Unido Contra a Dengue, serão realizadas ações de orientação para a população sobre os cuidados para evitar a disseminação da doença, como eliminar os criadouros do mosquito transmissor.

Em entrevista nessa terça-feira (27), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, esclareceu que a vacina contra a dengue continuará a ser disponibilizada para os municípios selecionados pela pasta para a faixa etária entre 10 e 14 anos. Os imunizantes para as idades de 10 e 11 anos já foram distribuídos.

O laboratório Takeda, fabricante da vacina Qdenga, vai ampliar a produção das doses por meio de um acordo com o laboratório indiano Biological, que passará a fabricar 50 milhões de doses da Qdenga por ano. Com isso, a meta de entrega de 100 milhões de doses poderá ser atingida até 2030.

Situação de emergência

Pelo menos sete unidades da Federação já decretaram situação de emergência em saúde pública por causa da explosão de casos de dengue. São elas: Minas Gerais, Acre, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Distrito Federal.

Balanço divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Ministério da Saúde mostra ainda que 154 municípios também decretaram emergência em razão dos casos de dengue. O decreto permite solicitar recursos extras para o combate à doença.

Dados do DF e dos estados que decretaram situação de emergência

Acre: 6.498 casos prováveis e nenhuma morte confirmada (782 casos por 100 mil habitantes)

Distrito Federal: 100.078 casos e prováveis 52 mortes confirmadas (3.552 casos por 100 mil habitantes)

Goiás: 58.201 casos prováveis e 13 mortes confirmadas (824,9 casos por 100 mil habitantes)

Espírito Santo: 33.410 casos prováveis e 3 mortes confirmadas (871,5 casos por 100 mil habitantes)

Minas Gerais: 332.306 casos prováveis e 35 mortes confirmadas (1.618 casos por 100 mil habitantes)

Rio de Janeiro: 75.804 casos prováveis 6 mortes confirmadas (472 casos para cada 100 mil habitantes)

Santa Catarina: 24.275 casos prováveis e 10 mortes confirmadas (319 casos por 100 mil habitantes)

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