O verão na Bahia é marcado por uma intensa programação de festas, ensaios e celebrações populares que atraem baianos e turistas. Nessas ocasiões, não faltam opções de comida de rua para quem deseja repor as energias. Para aproveitar sem riscos à saúde, a professora de Nutrição da Unijorge, Mariana Magalhães, destaca aspectos essenciais, como a conservação adequada dos alimentos, as condições do ambiente, dos equipamentos e utensílios, e os cuidados com a manipulação.
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“No geral, deve-se evitar o consumo de alimentos à base de carnes mal cozidas, alimentos com ovos crus ou mal cozidos, alimentos à base de leite e frutas e vegetais mal higienizados”, acrescenta.
Antes de comprar, é bom verificar se o produto está armazenado corretamente. Alimentos que exigem refrigeração devem ser mantidos em geladeira, freezers, isopor ou caixas térmicas com gelo. Já os que precisam ser consumidos quentes devem permanecer em estufas apropriadas ou ser aquecidos no momento do consumo. A manipulação dos ingredientes também é muito importante. É preciso observar os hábitos de higiene de quem faz e vende o produto, como a limpeza da roupa e das unhas. A pessoa que manipula o alimento não pode ser a mesma que manuseia o dinheiro, pois este é um vetor de contaminação.
A professora alerta que nem todos os alimentos que estão contaminados apresentam características diferentes do habitual. “Alguns microrganismos são capazes de deteriorar o alimento, alterando o sabor, o cheiro, a cor e a aparência, o que leva o consumidor a evitá-lo, enquanto outros permanecem com as características inalteradas, mas que podem desencadear infecções”.
Os maiores problemas nesse contexto geralmente decorrem da má conservação, do preparo inadequado, dos maus hábitos de higiene ou da utilização de alimentos fora do prazo de validade. “A combinação do calor excessivo com a exposição prolongada dos ingredientes à temperatura ambiente aumenta as chances de proliferação de agentes contaminantes”.
Esses produtos são passíveis de contaminação por microrganismos como Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Salmonella spp, Clostridium perfringens, Vibrio cholerae e outros, assim, o seu consumo pode causar as Doenças Veiculadas por Alimentos (DVA), caracterizadas por infecções e intoxicações alimentares.
Segundo Mariana, os principais sintomas das infecções e intoxicações alimentares são a diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e febre, mas outros sintomas podem ocorrer algumas horas ou até mesmo dias após o consumo do alimento contaminado, a depender do tipo de microrganismo. “Alguns desses quadros podem causar desidratação e devem ser monitorados, e em caso de agravamento do caso, deve-se buscar ajuda médica”, enfatiza.