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Mudança - 29/04/2025, 21:18 - Da Redação - Atualizado em 29/04/2025, 21:33

Cirurgia bariátrica levanta autoestima e pode ser feita no SUS

Questionamentos sobre o procedimento vieram à tona após operação de Thais Carla

Influenciadora realizou cirurgia nesta segunda-feira (28), em Salvador
Influenciadora realizou cirurgia nesta segunda-feira (28), em Salvador |  Foto: Reprodução/Instagram (@thaiscarla)

A notícia de que Thais Carla realizou uma cirurgia bariátrica pegou muitos internautas de surpresa, já que a influenciadora ficou famosa na internet por seu ativismo em defesa da aceitação corporal e contra a estigmatização da obesidade.

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Mas será que o seu “pneuzinho” precisa te assustar? O Portal MASSA! tira todas as suas dúvidas sobre o procedimento cirúrgico, que é necessário em casos graves, porém tem sido tornado banal por pura estética.

Quem pode fazer

A Organização Mundial da Saúde orienta que a gastroplastia seja indicada para pacientes com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 kg/m², que sofram com apneia do sono, aumento de gorduras no corpo ou comorbidades como hipertensão arterial, diabetes e problemas circulatórios.

Já pacientes com IMC maior que 40 kg/m² são direcionados para o procedimento se não tiverem obtido sucesso na perda de peso após dois anos em tratamento clínico, mesmo com o uso de medicamentos.

Como calcular o IMC

Para calcular seu IMC, basta dividir o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Por exemplo, se uma pessoa pesa 70 kg e mede 1,75 m, o seu IMC será: 70 / (1,75 x 1,75) = 22,86 kg/m².

O resultado é interpretado de acordo com os seguintes parâmetros:

  • Menor que 18,5 | Magreza | Sem obesidade
  • Entre 18,5 e 24,9 | Normal
  • Entre 25,0 e 29,9 | Sobrepeso | Obesidade grau I
  • Entre 30,0 e 39,9 | Obesidade grau II
  • Maior que 40,0 | Obesidade grave (grau III)

Como é o procedimento

As cirurgias bariátricas podem ser de três tipos: restritivas, mistas e disabsortivas.

O primeiro tipo se refere à diminuição do tamanho do estômago e a perda de peso acontece como consequência da redução da ingestão de alimentos. Nas cirurgias mistas, há a redução do tamanho do estômago, além de um desvio do trânsito intestinal. Esse desvio ajuda a diminuir a absorção dos alimentos.

Os procedimentos disabsortivos alteram pouquíssimo o tamanho do estômago e a capacidade de armazenamento dele, mas mudam drasticamente a absorção de nutrientes pelo intestino. Nesse tipo de cirurgia bariátrica, o paciente é induzido a uma perda de peso mais intensa.

Ainda não há detalhes sobre qual dos procedimentos foi escolhido considerando as condições de saúde da influenciadora Thais Carla.

Quais são os riscos

A bariátrica é, em geral, uma cirurgia segura, porém apresenta riscos comuns a quaisquer outros procedimentos invasivos.

As complicações mais recorrentes envolvem infecções, tromboembolismo, fístulas, obstrução intestinal, abscessos e pneumonia, além de complicações gastrointestinais, deficiências nutricionais, refluxo e desafios emocionais.

Quanto custa

A realização de uma cirurgia bariátrica pode pesar no bolso do paciente. Na rede privada, o procedimento pode ser realizado a partir de R$ 20 mil, chegando a custar R$ 50 mil em casos mais específicos.

Quem não tem condição financeira de bancar o procedimento, mas está com a saúde em risco, pode entrar na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) e fazer a cirurgia gratuitamente. Para isso, é preciso seguir uma série de critérios.

Como fazer gratuitamente

Para conseguir realizar uma cirurgia bariátrica completamente coberta pelo SUS é preciso procurar um posto de saúde na sua cidade e iniciar o processo de avaliação. Na Bahia, a Secretaria de Saúde (Sesab) estabelece um prazo de 90 dias para a formalização do credenciamento e atendimento.

O Centro de Diabetes e Endocrinologia (Cedeba) é o órgão que recebe os pacientes e regula adultos e crianças obesas para o procedimento médico. A orientações para o agendamento dos serviços especializados podem ser consultadas através do site www.saude.ba.gov.br.

Cuidados no pós-operatório

Pacientes que realizam a cirurgia bariátrica devem manter o acompanhamento nutricional pelo resto da vida. Essas pessoas precisam receber orientações específicas para uma dieta adequada e evitar complicações, como anemias por deficiência de ferro, de vitamina B12 e/ou ácido fólico, deficiência de vitamina D e cálcio e até mesmo desnutrição.

Mulheres que passam pelo procedimento cirúrgico devem esperar entre 15 e 18 meses para engravidar, já que a grande perda de peso pode prejudicar o crescimento do feto.

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