A coqueluche, também conhecida como “tosse convulsa”, voltou a preocupar autoridades de saúde devido ao aumento de casos nos últimos anos. O crescimento da doença está diretamente ligado à queda na cobertura vacinal, o que reacende a necessidade de conscientização sobre a importância da imunização.
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A doença é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre por gotículas de saliva expelidas ao tossir ou espirrar, e os sintomas iniciais se assemelham a um resfriado comum, podendo evoluir para tosse intensa e convulsiva. Em casos graves, principalmente em crianças pequenas e idosos imunossuprimidos, a coqueluche pode levar a complicações como insuficiência respiratória e necessidade de internação em UTI.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a coqueluche faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada em três doses iniciais aos dois, quatro e seis meses de idade, com reforços aos 15 meses e aos quatro anos. Além disso, gestantes devem receber a dose durante a gravidez para garantir proteção ao bebê nos primeiros meses de vida.
O infectologista Claudilson Bastos reforça que a coqueluche ainda é uma ameaça, principalmente para crianças e idosos. “Os pequenos podem desenvolver quadros graves, com dificuldade respiratória e necessidade de intubação. Já os adolescentes e adultos, apesar de menos vulneráveis, podem apresentar tosse persistente e contribuir para a disseminação da doença”, explicou.
Ele também destacou que, por ser transmitida pelo ar, a doença se espalha de forma semelhante à Covid-19, tornando essencial o uso de máscara e álcool em gel para reduzir o risco de contágio, especialmente em ambientes fechados e com grande circulação de pessoas.
A vacina contra a coqueluche está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para receber a dose, é necessário apresentar a caderneta de vacinação e um documento de identificação.
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