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Se cuide - 04/09/2024, 06:05 - Silvânia Nascimento

Casos de catapora tendem a aumentar no mês de setembro; saiba o que fazer

Na Bahia, só este ano, a Sesab registrou 743 casos da enfermidade

Catapora causa bolhas na pele
Catapora causa bolhas na pele |  Foto: Freepik

A chegada do mês de setembro pede um pouco mais de atenção por parte da população para um doença que, embora seja muito conhecida, ainda é bastante ignorada pela sociedade. É entre o fim do inverno e o início da primavera que a catapora, doença infecciosa, se manifesta com maior frequência, em especial, nas crianças.

Na Bahia, só este ano, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) registrou 743 casos da enfermidade, em 147 municípios. Entretanto, o órgão destacou uma redução de 20%, se comparado a 2023, quando teve 929 notificações de catapora, também conhecida como varicela. Dados divulgados pelo órgão mostram as crianças menores de 1 ano como o grupo mais afetado por essa patologia, seguido daquelas que têm entre 1 a 4 anos.

Em entrevista ao MASSA!, o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico de Saúde, Claudilson Bastos, apresentou esclarecimentos sobre sintomas, público e tratamento.

"A catapora acomete mais as crianças. Crianças que se expõem mais, porém, a gente tem uma certa sazonalidade que alguns indivíduos que não são vacinados podem ter, e alguns pacientes imunossuprimidos também. Existe uma certa sazonalidade em tempestades de primavera, enfim, a gente tem mais casos. Agora é importante diferenciar catapora de herpes zóster. Embora na mesma família, só se tem herpes zóster quando você teve varicela no passado. E a manifestação de pele é um pouco diferente”, pontuou o especialista.

O Sistema de Informações Hospitalares do SUS computou 17 internações por varicela na Bahia, este ano, até o dia 5 de agosto, segundo a Sesab.

Sintomas e tratamento

O infectologista também pontuou a necessidade da atenção para os sintomas que, por vezes, acabam sendo ignorados. E, já que se trata de uma doença altamente contagiosa, precisa ser tratada. "A catapora, ela se apresenta, de uma forma geral, com quadro febril, febre não muito alta, o principal sintoma são as manifestações de chamada vesículas, ou seja, umas bolhas pequenas, crânio caudal, ou seja, da cabeça para baixo. Começa de cima, vai descendo, depois se dissemina em todo o corpo. Essas bolinhas, elas podem contaminar, podem infeccionar e é importante que a gente tenha o devido cuidado”, alertou Claudilson.

"O tratamento geralmente é mais sintomático, porém alguns pacientes mais graves, pacientes com baixa resistência, eles têm que tomar a medicação antiviral, de acordo com a recomendação médica", acrescentou o médico.

Questionado sobre o que o paciente deve fazer ao notar um desses sintomas, o infectologista orientou a procurar uma unidade de saúde. "O que você deve fazer quando tiver uma vesícula apenas ou uma bolhazinha? Procure logo um médico porque isso pode se disseminar rápido, e a gente sabe que a catapora (varicela) é um contágio muito grande. Muitas vezes é necessário que a pessoa que teve contato com a catapora e não tenha sido vacinada, procure logo um posto de saúde para vacinação, e o uso de máscara 95, inclusive", destacou.

O imunizante contra a catapora está disponível nos postos de saúde, fazendo parte do calendário de vacinação da criança, assim como na rede privada, a exemplo do Sabin Diagnóstico e Saúde. "Então, é importante que a pessoa tenha duas doses da vacina para a varicela, diferente da vacina para a herpes zóster. Elas são vacinas diferentes", disse o médico especialista,

Herpes zóster

Conhecida popularmente como cobreiro ou fogo selvagem, a herpes zoster é causada pela reativação, na idade adulta, do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. A doença atinge, normalmente, um lado do corpo, com o aparecimento de pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas) cercadas por uma área avermelhada e dolorida, que pode durar de duas a quatro semanas.

“A vacina Shingrix, produzida pela farmacêutica britânica GSK com vírus inativado, foi aprovada pela Anvisa e já está disponível no mercado brasileiro. Esse imunizante é seguro, tendo uma eficácia de 97%. Ele deve ser administrado em duas doses com o intervalo de dois meses”, informou Claudilson Bastos, que recomenda a necessidade da imunização para prevenir uma progressão para um quadro de maior gravidade da doença, como a internação.

Esse imunizante, indicado para pessoas a partir de 50 anos, sobretudo para aquelas que tiveram contato com o vírus no passado, também está disponível no Sabin Diagnóstico e Saúde. Além disso, o imunizante é recomendável para pessoas com mais de 18 anos que possuem algum tipo de imunossupressão, a exemplo das que tiveram alguma infecção viral, como Covid-19; portadoras de comorbidades (HIV, esclerose múltipla, lúpus, câncer, diabetes etc.); ou as que vão se submeter a transplantes.

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