O mês de maio marca a campanha Maio Vermelho, voltada para a conscientização sobre as hepatites virais, um grupo de doenças que ainda representa um sério problema de saúde pública no Brasil. Embora a mortalidade esteja em queda nos últimos anos, os riscos persistem: em 2024, a Bahia registrou 46 óbitos, sendo 2 por hepatite A, 5 por hepatite B e 39 por hepatite C, conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
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Segundo o médico gastroenterologista Luiz Almeida, as hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes vírus, com formas de transmissão e gravidade distintas. As mais comuns no Brasil são as hepatites A, B e C.
“No Brasil, os tipos mais comuns são a hepatite A, geralmente transmitida por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados; hepatite B, transmitida por contato com sangue ou outros fluidos corporais, podendo também ocorrer por transmissão vertical (de mãe para filho) e sexual; e a hepatite C: também transmitida por contato com sangue contaminado”, disse.
Ainda segundo o médico Luiz Almeida, a evolução da doença preocupa, por isso a importância de uma campanha de conscientização. “A evolução da hepatite viral pode sim resultar em condições mais graves a longo prazo, principalmente quando o vírus se estabelece de forma crônica. Entre os riscos a longo prazo estão a cirrose hepática e o carcinoma hepatocelular (câncer de fígado)”, pontuou o médico.
Prevenção
A vacinação é uma das principais estratégias de combate à hepatite B. A vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde e é recomendada para recém-nascidos, crianças, adolescentes e adultos, especialmente os que pertencem a grupos de risco.
O farmacêutico bioquímico e diretor técnico do IHEF Laboratório, Marcus Machado, explica a importância da vacinação nesse cenário. “A vacinação é a principal ferramenta de prevenção das hepatites virais, especialmente a hepatite B, pois estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos que protegem o corpo contra a infecção. A vacina contra hepatite B é altamente eficaz e segura”, destacou o farmacêutico.
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