
A promessa da redução da fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social vai ter que esperar. O programa do INSS foi suspenso e, de acordo com ofício assinado pelo presidente do órgão, Gilberto Waller Junior, a falta de recursos no orçamento é a principal responsável pela interrupção do programa.
No documento, Waller pede a suplementação (remanejamento) de R$ 89,1 milhões do orçamento do Ministério da Previdência para dar continuidade ao Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), que paga bônus de produtividade a servidores e peritos para reduzir a fila de pedidos de benefícios previdenciários.
Leia Também:
A medida tem efeito imediato. A interrupção paralisa o principal esforço do governo para reduzir a fila de mais de 2,63 milhões de solicitações, segundo os dados mais recentes, de agosto. Pressionada por uma greve de 235 dias de médicos peritos do INSS, a fila de espera aumenta desde o ano passado.
Segundo o ofício, essa suspensão é necessária para evitar “impactos administrativos” caso o programa fosse mantido sem verba garantida.
As determinações do ofício são:
Novas análises sejam interrompidas;
Tarefas em andamento retornem às filas ordinárias;
Agendamentos do Serviço Social fora do expediente sejam suspensos ou remarcados.
O INSS informou que pediu uma suplementação orçamentária de R$ 89,1 milhões para retomar o programa “o mais breve possível”.