O Bispo Bruno Leonardo Santos e sua igreja, Avivamento Mundial, em Salvador, foram citados em relatórios da PF por transações com empresa investigada no caso Wiilian Barbile Agati, o 'concierge do PCC'.
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As informações foram retiradas de documentos da Operação Mafiusi, que mira Willian Barile Agati, apontado como uma espécie de faz-tudo da cúpula do Primeiro Comando da Capital e integrante de um grupo envolvido no tráfico internacional de drogas.
Apesar de não ser diretamente investigada, a igreja do bispo é citada em diversos momentos por conta de transações realizadas entre agosto de 2021 e abril de 2022, com valores que somam R$ 2,2 milhões.
Dentre as empresas citadas no processo, muitas foram alvo de relatórios do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) por causa de transações suspeitas. Sendo uma delas a Starway Locações de Veículos, que, segundo a PF, trata-se de uma empresa fantasma utilizada para lavagem de dinheiro do grupo criminoso.
“Em conformidade com os dados obtidos a partir do afastamento do sigilo bancário e fiscal, identificou-se que a Igreja realizou transferências para a Starway no valor total de R$ 2.225.000,00, sendo que as movimentações começaram em 6/8/2021, com um valor de R$ 635.000,00, e se encerraram em 5/4/2022”, diz a PF no relatório.
Apesar de terem sido feitas diversas transações, com uma soma de R$ 2,2 milhões, não existe uma única nota fiscal que justifique essas transferências ao longo de 8 meses, durante 2021 e 2022.
A coluna Flavio Serpão, do Metrópole, entrou em contato com a defesa de Bruno Leonardo, na segunda-feira (24). O advogado do bispo disse que as transações estão relacionadas à compra de veículos com notas fiscais registradas e que encaminharia uma posição oficial sobre o tema.
Entretanto, ele não enviou posteriormente a posição oficial da defesa do bispo.
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