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Caso do ferro-velho - 11/09/2025, 23:10 - Leilane Teixeira/Portal A TARDE

Suspeito de matar funcionários, dono de ferro-velho é solto do xadrez

Marcelo Batista é investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel e Matusalém Silva, mas estava preso por tentar matar outras três pessoas

Marcelo Batista da Silva, empresário e proprietário de um ferro-velho
Marcelo Batista da Silva, empresário e proprietário de um ferro-velho |  Foto: Reprodução

O empresário e proprietário de um ferro-velho em Pirajá, Marcelo Batista da Silva, investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, foi solto nesta quinta-feira (11).

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Embora investigado pela morte dos funcionários, a prisão preventiva estava relacionada à tentativa de matar outras três pessoas, duas delas, também ex-funcionárias de sua empresa, que escaparam de disparos de arma de fogo.

Segundo a decisão judicial na qual o Grupo A TARDE teve acesso, Marcelo foi solto porque os fundamentos que justificavam a prisão preventiva não existem mais. Ele já havia tido a prisão revogada em outro processo e estava sujeito a medidas cautelares menos rigorosas.

Diante disso, o juiz responsável pelo caso, Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, considerou que não havia risco suficiente à ordem pública ou à investigação que exigisse mantê-lo preso.

Entenda os principais pontos da decisão:

1. Recebimento da denúncia

O Ministério Público denunciou Marcelo Batista da Silva e Josué Xavier Pereira por homicídio qualificado, tentativa de homicídio (três vezes), dano qualificado e fraude processual.

O juiz confirmou que a denúncia atende aos requisitos legais e que havia indícios suficientes de autoria e materialidade, permitindo que o processo siga adiante.

2. Pedido de manutenção da prisão preventiva

O Ministério Público pediu que a prisão preventiva de Marcelo fosse mantida para garantir a ordem pública e a instrução criminal.

O juiz verificou que em outro processo a prisão de Marcelo já tinha sido revogada e substituída por medidas cautelares menos gravosas.

Juiz concluiu que os motivos para manter a prisão não existem mais e, portanto, indeferiu o pedido de prisão preventiva, mantendo Marcelo em liberdade

Relembre prisão

A prisão preventiva de Marcelo foi decretada em 25 de agosto e cumprida no dia seguinte, 26, quando ele foi localizado em seu ferro-velho durante operação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Marcelo foi encontrado escondido embaixo de um armário, com a fechadura do acesso ao local reforçada. A prisão estava relacionada à tentativa de assassinato de três ex-funcionários, não pela morte de Paulo e Matusálem.

No dia 28 de agosto, ele passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.

Ainda não há provas concretas para mantê-lo preso
Ainda não há provas concretas para mantê-lo preso | Foto: Reprodução

Desaparecimento de Paulo e Matusálem

As vítimas do duplo homicídio desapareceram em 4 de novembro de 2024, após trabalharem como diaristas no ferro-velho de Marcelo. Há indícios de que Paulo Daniel e Matusálem tenham sido torturadas e mortas no galpão do estabelecimento, mas os corpos ainda não foram localizados até a publicação desta matéria.

Os jovens passaram cerca de três semanas trabalhando no local antes de desaparecerem. Marcelo também é investigado pelas mortes e ocultações dos corpos.

Paulo Daniel e Matuzalém desapateceram no dia 4 de novembro de 2024
Paulo Daniel e Matuzalém desapateceram no dia 4 de novembro de 2024 | Foto: Reprodução

Histórico criminal

Quatro homicídios, quatro tentativas de assassinato, diversos casos de tortura e ameaças. Esse é o histórico criminal que pesa contra Marcelo Batista da Silva, preso nessa terça-feira, 26, no bairro de Pirajá, em Salvador, durante uma operação realizada por equipes do Departamento de Homicidios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.

Marcelo é apontado por vítimas e testemunhas como mandante e também executor dos crimes ocorridos em 2016 e 2024.

O empresário é apontado também como o responsável pelas mortes de Adson Davi do Carmo Santos, e da companheira dele, Priscila Cruz dos Santos, em 8 de novembro de 2015, em Boa Vista de São Caetano.

Na ocasião, Joamilson Oliveira de Souza também foi baleado e sobreviveu.

Em 21 de junho de 2016, Uanderson Xavier Dias, o Gordo, 22 anos, Clóvis Antônio Santana Junior, 22, e o primo dele, o soldado Polícia Militar Marcelo Durão Costa, 34, foram presos suspeitos pelo duplo homicídio e a tentativa.

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