
Pelo menos 60 traficantes do Comando Vermelho (CV) foram mortos e outros 109 presos, nesta terça-feira (28), durante uma megaoperação policial no Rio de Janeiro. Entre eles, alguns criminosos que tinham atuação na Bahia e tentaram se esconder em áreas dominadas pelo CV na capital carioca.
Leia Também:
Segundo informações extraoficiais, morreram na operação os traficantes conhecidos pelos vulgos “Mazola”, “DG” e “Esquilo”, todos com envolvimento no tráfico de Feira de Santana. Já o 'trafica' “Matarindo”, também da Princesinha do Sertão, foi baleado durante a troca de tiros.
Outro traficante morto durante a megaoperação foi Júlio Souza Silva, de 26 anos, que tinha forte atuação no Nordeste de Amaralina. O criminoso estava cumprindo regime semiaberto, mas, segundo informações da polícia, continuava envolvido coisa errada, inclusive portando um fuzil com a bandeira da Bahia.


Já “Siri”, apontado como gerente do CV no bairro do Portão, em Lauro de Freitas, foi preso. Enquanto isso, “FB”, que atuava no Portal do Sertão, foi baleado, mas ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
O secretário de Segurança Pública (SSP), Marcelo Werner, foi questionado sobre a possibilidade de uma megaoperação no Nordeste, QG do Comando Vermelho em Salvador, mas evitou citar nomes de bairros.
“Não gosto de falar nomes de comunidades, porque sei que a maioria ali é formada por pessoas de bem. Menos de 5% causam essa violência”, afirmou o secretário.

Vai sobrar pra Bahia?
Com o CV da Bahia levando esse baque, muita gente começou a temer uma retaliação da facção no estado. No entanto, segundo Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), essa possibilidade está descartada.
Em nota enviada ao Portal MASSA!, a SSP se solidarizou com os familiares dos quatro policiais mortos durante a operação e destacou que seguirá firme no combate às facções.
“A Secretaria da Segurança Pública da Bahia se solidariza com os parentes, colegas e amigos dos policiais que foram mortos durante operação policial no Rio de Janeiro e ressalta que as ações de inteligência e de repressão qualificada contra as facções continuarão intensificadas em todo o território baiano. Destaca ainda que a integração entre os estados é imprescindível para desarticulação do crime organizado”, informou a pasta.
Apesar do pânico entre moradores da capital baiana, o clima segue normal em bairros de Salvador, como na entrada do Vale das Pedrinhas.
SSP estava de olho
O secretário Marcelo Werner também garantiu que a SSP já monitorava os traficantes que estavam escondidos no Rio de Janeiro.
“Sabíamos que algumas lideranças responsáveis por crimes violentos aqui no estado estavam em comunidades que foram alvo da operação”, afirmou.
