O cenário da segurança pública da Bahia - incluindo dificuldades, resultados alcançados e ações previstas - foi apresentado pelo secretário Marcelo Werner, titular da SSP, a integrantes da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) do estado, em um encontro realizado, ontem, em Salvador.
Com o tema 'A Importância da Iniciativa Privada no Combate à Criminalidade', Werner, iniciou a reunião explicando a dinâmica das facções criminosas que, devido à briga por territórios, recorrem a armamentos para confrontar rivais e amedrontar a população.
"O cenário atual do nosso país a gente tem as organizações criminosas cada vez mais transnacionais e internacionais, altamente empresarial. Então, hoje, as facções adentraram, na maioria dos grandes estados, com o domínio das principais rotas de tráfico de drogas e de armas", pontuou Werner.
Ainda durante o encontro, o gestor da SSP destacou a importância da união entre o poder público e privado para evitar que, especialmente, os jovens continuem sendo captados pela criminalidade.
"Temos objetivos em comum, que é melhorar a segurança pública, melhorar a atividade comercial do nosso estado e, consequentemente, entrar naquilo que a gente costuma chamar de círculo virtuoso, de gerar mais renda, mais emprego, enfim, tirando os jovens que estão sendo, cada vez mais, assediados pela criminalidade organizada",
"Essa é a primeira vez que um secretário da segurança vem à nossa entidade. E é isso que a gente precisa fazer. Unir forças”, pontuou Kelsor Gonçalves Fernandes, presidente da Fecomércio
Audiência de custódia em pauta
A concessão de liberdade para alguns bandidos que, por vezes, são liberados nas audiências de custódia, foi uma das dificuldades apresentadas por Marcelo Werner aos empresários. “Infelizmente, a legislação do nosso país gera impunidade. Por isso costumo dizer que não adianta ter vigilância, ter um policial em cada esquina, se vários criminosos estão sendo liberados na custódia e flagrados pela PM, semanas depois, cometendo o mesmo crime”, declarou.
Apesar de se mostrar inconformado com essa realidade, o titular da SSP garantiu que a pasta vai seguir cumprindo com suas obrigações. “A gente tem que fazer o trabalho, e a gente vai continuar fazendo, mas ele [criminoso] tem que ter a consciência de que vai ser punido", opinou o secretário.