Com a confirmação de três casos de estupro no Carnaval de Salvador, a Polícia Civil segue empenhada para colocar os principais suspeitos atrás das grades. Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (15), a delegada Bianca Andrade, informou que as investigações iniciaram desde o primeiro caso, possuindo até o momento indícios dos suspeitos envolvidos, porém sem nenhum preso.
Com o trabalho da equipe de inteligência da Polícia Civil, o processo de desdobramento do caso teve o auxílio das câmeras de segurança, instaladas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em todo o percurso da folia, para identificar o momento e o local da ação criminosa.
“Já temos o suspeito de uma situação na mira, e indícios dos outros, mas eu não posso entrar em mais detalhes realmente para não prejudicar as investigações, mas o que eu posso dizer é que está nos ajudando muito essa ferramenta tecnológica que a Polícia Civil possui. Realmente está contribuindo para que a gente possa concluir essa investigação e dar uma resposta à cidade. É só uma questão de tempo até a gente já ter suspeitos identificados e presos”, informou ela.
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Além das imagens das câmeras de segurança, a comissária detalhou que as autoridades também buscam por registros gravados em prédios residenciais próximos e pessoas que testemunharam o ocorrido, para apurar as informações e alcançar os criminosos.
Os três casos
O primeiro ataque, no dia 8 de fevereiro, foi registrado um estupro coletivo no circuito Barra-Ondina. A vítima já foi ouvida, passou por acolhimento psicossocial e fez os respectivos exames no IML.
A segunda ocorrência aconteceu de sábado (10) para domingo (11), também no circuito Dodô (Barra-Ondina). A vítima inicialmente não quis se pronunciar, nem realizar nenhum tipo de exame. Ela preferiu ir para uma psicóloga de confiança dela. A mãe da mulher e algumas testemunhas já foram ouvidas.
Já o terceiro caso foi mais recente, ocorrido na quarta-feira (14), longe dos circuitos tradicionais de Dodô e Osmar, porém, ainda em decorrência do período festivo de Carnaval, no Centro Histórico de Salvador. A vítima afirma ter sido dopada ao sair de um camarote e levada para um hotel, onde foi abusada.