
Cerca de 30 policiais foram pra pista
A Polícia Federal (PF) montou uma operação em Curaçá, no interior da Bahia, e em Brasília, na manhã desta quarta-feira (3), com objetivo de encurralar os responsáveis por disseminar agente patogênico capaz de causar grave dano à fauna silvestre, atingindo a espécie Ararinha-Azul (Cyanopsitta spixii), criticamente ameaçada de extinção.
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De acordo com informações da PF, tanto empresas quanto pessoas físicas, que fazem parte do programa de reintrodução da Ararinha-Azul em Curaçá, estariam descumprindo protocolos sanitários obrigatórios, permitindo a introdução e propagação do circovírus aviário (PBFD).
A investigação constatou resistência às medidas emergenciais determinadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), como isolamento sanitário, testagem seriada e recolhimento de aves de vida livre.
Cerca de 30 policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em endereços localizados em Curaçá e Brasília para apreender aves e dispositivos eletrônicos. As diligências foram autorizadas pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Juazeiro.
Pena pesada
Para os envolvidos no crime, a pena pode chegar até oito anos de reclusão, além de serviços administrativos. Os investigados podem responder por disseminação de doenças capazes de causar dano à fauna, matar animais da fauna silvestre e obstrução de fiscalização ambiental.
