
Negras, adultas ente 30 e 49 anos e com um parceiro íntimo. Esse é o perfil mais comum entre mulheres vítimas de feminicídio na Bahia, estado que registrou 790 casos deste tipo de crime entre 2017 e 2024. A informação foi obtida pelo Portal MASSA! com exclusividade.
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Entre os casos de feminicídio registrados, 45,5% envolveram o uso de armas brancas, 26,3% armas de fogo, 8,1% objetos contundentes, enquanto 20,2% foram através de outros meios. Apesar da redução de 3,5% no número de delitos deste tipo de 2023 para 2024, o total de denúncias na Casa da Mulher Brasileira ultrapassa os 4.600.
Em entrevista ao MASSA!, a delegada Patrícia Barreto, diretora do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), reforça que a forma mais eficaz de combater o feminicídio é por meio da denúncia. Ela destaca as medidas protetivas como instrumento de segurança decisivo.
"Hoje a gente atua em todas as nossas unidades, no estado inteiro, com diretriz prioritária no atendimento à violência doméstica, garantindo que essa mulher tenha acesso à medida protetiva, que é o principal instrumento para coibir feminicídio como a educação. Tudo se trata das pessoas conhecerem seus direitos e responsabilidades, evitando que elas passem por esses processos", explicou a delegada.

No ano de 2024, foram registradas 111 mortes relacionadas ao feminicídio, número um pouco inferior aos 111 de 2023.