O cantor Gusttavo Lima e a influenciadora Deolane Bezerra estão envolvidos em uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE) por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado a empresas de apostas ilegais. A investigação, parte da Operação Integration, identificou transações financeiras suspeitas por parte de empresas dos dois, além de ligações com indivíduos centrais no inquérito, como Darwin Henrique da Silva Filho, dono da HSF Entretenimento.
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Gusttavo Lima teve prisão decretada e está foragido, enquanto Deolane, após 20 dias presa, pode deixar a cadeia a qualquer momento. Mas o que será que une as duas celebridades brasileiras nesta operação?
Grana rolando solta
Um dos principais pontos que liga Gusttavo Lima a Deolane Bezerra é a realização de transações financeiras com uma empresa em comum que está sob investigação. A Balada Eventos de Produções LTDA, propriedade do cantor, recebeu R$ 8 milhões da HSF Entretenimento, uma companhia pertencente a Darwin Henrique da Silva Filho. Esse montante foi alegadamente destinado à aquisição de um avião Cessna 560 XLS, que tem capacidade para nove ocupantes.
Por outro lado, a HSF Entretenimento também foi notada por ter vendido uma Lamborghini avaliada em R$ 4 milhões para a Bezerra Publicidade, cuja controladora é Deolane Bezerra, com 98% do controle acionário. Além disso, Deolane recebia valores da Esportes da Sorte, outra entidade financeira associada a Darwin Filho.
Relações financeiras e familiares
As conexões não param por aí. Darwin Filho também tem vínculos com a mãe de Deolane, Solange Bezerra, que fez pagamentos e recebeu recursos financeiros da Pay Brokers. Essa última empresa é associada a lavagem de dinheiro e é vista como um elo entre as transações de Deolane e as atividades da HSF Entretenimento, que pagou R$ 8 milhões à empresa de Gusttavo Lima.
A juíza Andrea Calado, ao determinar a prisão do cantor, observou que "movimentações consideradas suspeitas" ocorreram entre as empresas investigadas e as do sertanejo. Um caso específico foi o registro de um pagamento de R$ 5,7 milhões para a GSA, empresa de Gusttavo, que foi realizado pela PIX 365, representando a Vai de Bet, através da facilitadora de pagamentos Zelu Brasil.
“Caso idêntico fora constatado e informado no relatório entre a investigada Deolane e a Esportes da Sorte, por meio da Pay Brokers”, escreveu a juíza Andrea Calado ao determinar a prisão do cantor.
Inspirações na estratégia de defesa
A defesa de Gusttavo Lima também reconheceu as semelhanças entre a situação do cantor e a de Deolane, já que informou que tem a intenção de revogar o mandado de prisão do cantor com a defesa inspirada no caso da influenciadora.