Na pegada La Casa de Papel, gangue é alvo da SSP por assalto a bancos

Participaram da ação: a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, SSP, PM-BA e outros órgãos de segurança |  Foto: Flávia Vieira/SSP

Um bonde criminoso, inspirado nos ladrões da série 'La Casa de Papel', da Netflix, se tornou alvos prioritários da Operação Krampus, deflagrada nesta terça-feira (17), pela Polícia Federal, o Ministério Público Federal, SSP, PM-BA e outros órgãos de segurança. Cerca de 10 mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça.

Na série, a quadrilha encapuzada ataca a Casa da Moeda da Espanha e desafia a polícia local. A semelhança com o programa de televisão está nos ataques realizados à Caixa Econômica Federal. Segundo as autoridades, os criminosos invadiram os estabelecimentos, fizeram os funcionários reféns e arrombaram caixas eletrônicos em Salvador e Lauro de Freitas, na Bahia.

Mesmo sendo 'caçados' pelas forças de segurança baianas, os elementos também são suspeitos de orquestrar golpes nas instituições financeiras de São Paulo, Santo André, Barueri e Cotia, na região sudeste. A ação contou com a parceria de uma facção paulista, que facilitava as ações do mal.

Além dos mandados, bens no valor de R$ 13 milhões foram bloqueados e atividades de uma empresa suspensas.

Bens no valor de R$ 13 milhões foram bloqueados e atividades de uma empresa suspensas | Foto: Flávia Vieira/SSP

Modus operandi

Investigações apontaram que três ataques foram realizados em Salvador nos últimos dois anos, sendo eles em: 1º de maio de 2023, 5 de outubro de 2024 e 25 de dezembro de 2024.

Em todos os casos, a gangue seguiu o mesmo padrão: agia em horários de pouco movimento, geralmente no fechamento das agências, quando as ruas estavam vazias e havia menos policiamento.

Um dos vigilantes que 'trampou' em uma empresa de segurança prestadora de serviços da Caixa se aliou ao bonde para auxiliar nos crimes. Além disso, pessoas físicas e jurídicas eram utilizadas como 'laranjas' para aumentar o capital de uma empresa de fachada e 'malocar' a origem do dinheiro sujo.

Decorrer das investigações

As apurações do caso estão em andamento para identificar novos envolvidos e reunir mais evidências. Em caso de prisão e condenação, os suspeitos podem receber penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 100 anos de reclusão.