Morto no bairro do IAPI, em Salvador, na noite da última terça-feira (15), Alex Silton Serra de Oliveira, 18 anos, trabalhava como motoboy em uma pizzaria, rodava como motorista de aplicativo e tinha como sonho servir ao Exército. O jovem foi baleado por agentes da 37ª CIPM, que afirmam ter trocado tiros com homens armados, além de terem apreendido uma arma e drogas com o rapaz.
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Alex era querido na localidade Rocinha da Divinéia, onde morava, o que gerou protestos em retaliação a sua morte. Em agosto, quando completou 18 anos, recebeu a informação de que serviria ao Exército em 2025, o que era um sonho particular. Segundo a família, o jovem foi morto quando se preparava para mais uma noite de trabalho.
Diferente do que diz a PM, familiares e amigos de Alex garantem que ele era inocente, e que não tinha envolvimento com atividades criminosas. Emocionado, o pai do jovem, Alexandre, afirmou que chegou a contar para os policiais que o jovem se tornaria militar no ano que vem.
"Meu filho foi aprovado no Quartel de Amaralina e estava esperando chegar janeiro para saber a data que ia se apresentar. O sonho do meu filho era ser militar. Quando eu falei para eles, os assassinos da 37ª CIPM, que eles mataram um futuro soldado do Exército, eles ficaram com uma cara de espanto. Vocês vão pagar, eu vou procurar a Corregedoria", desabafou o pai do jovem ao G1.