Apontado como um dos suspeitos de executar três ortopedistas no Rio de Janeiro, Philip Motta Pereira, o Lesk, teria sido responsável por começar um conflito entre traficantes e milicianos. A Polícia encontrou, na quinta-feira (4), os corpos de quatro traficantes suspeitos do ataque contra os médicos.
De acordo com a polícia, a guerra foi iniciada devido a disputa pelo controle do comércio clandestino na Zona Oeste da cidade. Processos da Justiça do Rio indicam Lesk como parte de um grupo paramilitar, mas também integrante de uma facção criminosa.
Achado morto na mala de um carro, Lesk era foragido da Justiça e teve prisão preventiva decretada em setembro de 2019, pelo crime de associação ao tráfico. Dois comparsas mortos ainda não foram identificados pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Outro que também foi morto, mas foi identificado, é Ryan Soares de Almeida, o braço direito de Lesk. Ele nasceu em Belo Horizonte e estava junto com os outros dois corpos em um diferente veículo também abandonado.
Ryan foi preso em dezembro de 2020 pelo mesmo crime do comparsa, além de outros delitos como posse irregular de arma de fogo e corrupção de menores. No entanto, ele havia deixado a Cadeia Pública Jorge Santana em setembro de 2021.
A suspeita da polícia é de que os dois traficantes tenham sido executados pela própria facção, devido ao fato de terem assassinado os ortopedistas por engano. O baiano Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.
Taillon Barbosa estaria envolvido no homicídio de um dos parceiros de Lesk, Paulo Aragão Furtado, o Vin Diesel, no dia 16 de setembro. O miliciano estava preso, mas recebeu liberdade condicional no último dia 29.
Taillon ainda mora perto do quiosque onde os médicos foram executados e costumava frequentar o local. A polícia ainda acredita que Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW, esteja envolvido no ataque aos profissionais da saúde. BMW foi autor de diversos homicídios nos últimos meses.