
Exonerado do cargo de major da Polícia Militar da Bahia após ser flagrado tentando facilitar a entrada de celulares e outros itens proibidos no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, Almir Bispo dos Santos Filho negou as acusações e alegou ser inocente.
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Segundo informações divulgadas pelo G1, o policial depôs na Central de Flagrantes e afirmou que foi surpreendido por um policial penal, que teria dito que precisaria ir para a delegacia por ter sido visto colocando materiais proibidos na sacola da tia de um dos internos, que estava de visita na unidade penitenciária.
Segundo informações obtidas pelo Grupo A TARDE, o destinatário dos materiais seria Fábio Rocha de Lima, interno do sistema prisional baiano e apontado como peça-chave na facção criminosa Bonde do Ajeita (BDA), diretamente ligada ao Comando Vermelho (CV).
No entanto, o major declarou que não entregou nada e nem conhecia a mulher. Porém, admitiu que havia se encontrado com o preso no início do mês, na sexta-feira (1°), para alinhar a realização de uma cirurgia. Ainda segundo ele, não sabe o motivo do policial tê-lo acusado e disse que o conhece há mais de dois anos.

Tia do detento diz não saber de nada
A mulher envolvida na ocorrência foi identificada como Amélia Alves da Rocha Neta e teve a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (6).
Em sua versão dos fatos, Amélia disse que o policial penal abordou e revistou sua sacola, alegando ter encontrado celulares. Ela questionou como os aparelhos teriam passado pelo detector, negando que tenha entrado com os telefones. Além disso, negou conhecer o major Almir.
Em nota, a PM-BA reafirmou seu compromisso com a transparência, a disciplina e a ética, assegurando que todos os procedimentos serão conduzidos com a seriedade e imparcialidade que o caso requer.