A Justiça manteve a prisão preventiva de Victor Gabriel, o quarto suspeito de envolvimento na morte da pastora Sara Mariano. Ele foi preso na noite da última terça-feira (21).
Victor passou por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira, 22, no fórum criminal de Dias D'Ávila, Região Metropolitana de Salvador. Ao grupo A Tarde, ao advogado do suspeito, Marco Pavã, disse que a Justiça negou o pedido de liberdade provisória e manteve a prisão preventiva até que o inquérito policial seja concluído.
"A juíza manteve a prisão preventiva. Defendi a liberdade provisória dele, mas o Ministério Público se manifestou pela manutenção da prisão. Ainda vai ser necessário concluir a instrução e talvez tenha outras acareações. Ele vai seguir preso em Dias D'ávila por enquanto. Vai ter que esperar encerrar o inquérito policial, onde o prazo é 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. Depois disso, pode ter o relaxamento ou até mesmo ter a prisão convertida para temporária", disse.
Ainda conforme o advogado, Victor tem características que podem ser favoráveis para responder em liberdade. "Ele tem endereço fixo, tem trabalho lícito, é réu primário, colaborou com a instrução do inquérito, vai estar colaborando com a Justiça. E não tem intenção nenhuma de fugir, de virar um foragido. Ele não tem essa intenção. Ele quer cumprir com aquilo que a Justiça determinar".
Prisão
Victor Gabriel, se entregou à polícia de forma espontânea na noite da última terça-feira (21), em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador.
Investigado pela 25ª Delegacia Territorial (DT/Dias D'Ávila), a polícia diz que ele teve participação tanto no homicídio da artista quanto na ocultação de seu cadáver, conforme apontou a apuração do caso
O titular da 25ª DT, o delegado Euvaldo Costa, destacou que as investigações deixaram evidente a participação de cada um dos suspeitos. "O homem preso hoje teve participação na execução e na tentativa de omitir provas”, detalhou.
Em entrevista exclusiva ao grupo A TARDE, o pai de Victor, Fábio Oliveira, revelou decepção e disse que o filho "vai pagar pelo que fez".
Participação
Em depoimento prestado na última quinta-feira, 16, Victor detalhou que participou do crime segurando as mãos de Sara para que o bispo Zodaque a esfaqueasse. O jovem recebeu R$ 500 para fazer parte do plano, que teria sido encabeçado pelo marido da vítima, o pastor Ederlan Mariano. Já Gideão Duarte foi responsável pelo transporte de Sara até o local da sua morte.
Até o momento, quatro pessoas estão presas suspeitas de participação no crime. Ederlan, Gideão e Bispo Zodaque estão no complexo Penitenciária da Mata Escura, em Salvador.