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Crime - 22/07/2025, 10:24 - Da Redação

Indígena denuncia agressões e estupros após ficar presa com homens

Mulher tem 29 anos e está processando o estado do Amazonas

Delegacia onde a mulher ficou presa
Delegacia onde a mulher ficou presa |  Foto: Divulgação / PCAM

Uma mulher indígena de 29 anos da etnia Kokama está processando o Estado do Amazonas após ter sido mantida por nove meses e 17 dias em uma cela junto a homens na delegacia de Santo Antônio do Içá, a 880 km de Manaus.

Durante o período, ela afirma ter sido vítima de estupros, agressões físicas e morais cometidas por quatro policiais militares e um guarda municipal. A denúncia foi revelada pelo portal Sumaúma na última sexta-feira (18) e detalhada em processo obtido pelo portal UOL.

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De acordo com a denúncia, os abusos começaram logo após sua prisão, em novembro de 2022, quando seu filho tinha apenas 21 dias. A indígena conta que era estuprada durante as noites, em diferentes pontos da delegacia, e obrigada a consumir bebida alcoólica pelos agentes. Os abusos teriam ocorrido mesmo com o bebê ao lado.

Ela permaneceu na delegacia até agosto de 2023, quando foi transferida para o Centro de Detenção Provisória Feminino de Manaus, onde cumpre pena atualmente. A condenação é por homicídio, com sentença transitada em julgado, mas a mulher nega o crime.

Mulher ficou nove meses na cela
Mulher ficou nove meses na cela | Foto: Reprodução / Portal UOL

Violência comprovada

Antes da transferência, exames médicos realizados em julho de 2023 apontaram lesões compatíveis com violência sexual e quadro grave de hemorroida. Em Manaus, um novo exame de corpo de delito confirmou a conjunção carnal e marcas de violência em várias partes do corpo. Ela também foi diagnosticada com depressão e pensamentos suicidas.

A defesa afirma que pedidos para transferência da indígena foram feitos desde o início da prisão, mas não foram atendidos. A ação movida na Justiça cobra R$ 528 mil por danos materiais e morais. O governo do Amazonas reconhece a responsabilidade, mas ofereceu acordo de apenas R$ 50 mil, valor considerado "inadequado" pela defesa da vítima

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