A residência do rapper Oruam, no bairro do Joá, zona nobre do Rio de Janeiro, foi alvo de uma operação da Polícia Civil na noite desta segunda-feira (21). A ação foi registrada em tempo real pelo próprio artista em vídeos publicados nos stories de suas redes sociais, a partir das 23h.
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"Quem tiver de moto no Joá, me ajuda. Eles estão aqui na minha porta às 23h da noite", escreveu o cantor, pedindo ajuda a amigos e relatando que havia mais de 20 viaturas na frente de sua casa.
Oruam mencionou o nome do delegado Moysés Santana, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), como responsável pela operação. O delegado também esteve à frente da prisão do rapper em fevereiro deste ano.
Nos vídeos seguintes, o cantor aparece visivelmente alterado, dizendo que a ação policial foi abusiva. "Tudo que eu conquistei foi com a minha música. Vai tomar no c*!", declarou. Em outro momento, o artista se exalta e desafia os agentes. "Quero ver me pegar aqui na Penha. Vocês querem que eu vire bandido, que eu me revolte, né? Vem me pegar aqui agora, entra aqui pra tu ver!".
Orgulho da certidão de nascimento
Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, também grita em um dos trechos sobre suas origens. "Eu sou filho do Marcinho, seus filhos da p***a", em referência a seu pai, Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Ainda segundo os vídeos, o cantor relatou ter sido ameaçado pelos policiais. "Eu tava saindo no portão, botou a pistola na minha cara, tentou me prender", disse. Em outra parte, acrescentou: "Pegou a visão, tropa? Mais de 20 viaturas estavam na porta da minha casa".
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