Clemilson dos Santos Farias, 45 anos, também conhecido como “Tio Patinhas”, é um dos principais 'cabeças caras' da facção conhecida como Comando Vermelho (CV). Durante muitos anos, ele ocupou o topo da lista de procurados no Amazonas, sendo sentenciado a 31 anos de prisão por crimes como associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Preso em dezembro de 2022, o criminoso foi detido em frente aos familiares. Com ele, os policiais militares encontraram 235 kg de skunk (chamada de “super maconha”) malocado em uma van, além também de munições calibre 36 e um RG falso.
No entanto, Clemilson já era um velho conhecido dos registros policias, pois já colecionava outras duas passagens pela prisão. A primeira foi em 2015, pego em Manaus com porte ilegal de arma de fogo. Já a outra em 2018, durante uma operação contra o Comando Vermelho, em um apartamento de luxo à beira-mar na região metropolitana de Recife.
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O Ministério Público do Amazonas classifica Tio Patinhas como altamente perigoso, destacando o grande poder monetário no tráfico de drogas e a falta de pena com aqueles que devem a ele, executando todos sem piedade.
Além disso, relatórios de inteligência policial indicam que ele possui um considerável poder militar, com apoio da cúpula do CV e do narcotraficante Gelson de Lima Carnaúba, condenado por uma chacina no Amazonas. Clemilson foi flagrado posando junto a uma metralhadora antiaérea de calibre 30, que possui a capacidade de derrubar aeronaves e perfurar veículos blindados.
Com a 'pata' em outros crimes
Tio Patinhas também tem o nome envolvido em diversas investigações sobre assassinatos na região de Manaus. Em 2019, um homem foi encontrado morto com o corpo envolvido por fios elétricos, sacos e papelão, com um bilhete que dizia: "Devia ao Tio Patinhas", segundo a imprensa.
Dentre outros casos recorrentes em que o criminoso é acusado, estão também: financiador de uma fuga de 35 presos do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM), em 2018. Encomendar o assassinato a tiros de uma mulher, rival da facção CV, em Manaus, no ano de 2017. Todas as acusações são negadas por ele, que afirma ter "mudado de vida".
Matrimônio fora da lei
O suspeito é casado com Luciane Barbosa Farias ou também “dama do tráfico”, como detém a alcunha no mundo criminoso. Ela visitou o prédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública recentemente, identificada como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA).
Segundo o site Estadão, os dois abriram um salão de beleza, que a mulher usava para lavar o dinheiro sujo do tráfico. Com esta prática eles encheram o bolso de dinheiro e já colecionavam bens de R$ 30 mil no Imposto de Renda de 2015. Tal valor disparou em 2016, indo para R$ 346 mil.
Foi descoberto pelos policiais que o casal possuía pelo menos três propriedades no Amazonas e em Pernambuco, além de seis veículos, incluindo uma moto, três carros e dois caminhões. Atualmente, eles são parceiros em uma empresa de transporte, registrados na Receita Federal.
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