Uma mulher teria se passado por delegada da Polícia Civil a mando de um investigador para sequestrar seu filho numa escola em Brotas. A criança foi retirada da escola no dia 30 de novembro sem o conhecimento da mãe, com o uso de documentos falsos. O pai da criança e o cabeça do crime foi preso nessa terça-feira(6). A criança já foi entregue à mãe.
A suposta delegada estava acompanhada de outro homem no momento do sequestro que também se passou por policial. O investigador, identificado como Luís Reis Fiuza está detido por descumprir medida protetiva contra a ex-esposa e mãe da criança sequestrada, Adriana Cunha.
"Foram eles dois e o terceiro, que é o irmão mais velho de Miguel. Eles disseram que a escola estava com algum problema, e que precisavam conversar com a professora. Ele [irmão da criança] pegou meu filho e foi para a escada" explica Adriana.
Luís também teria fornecido um documento da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) para que os sequestradores conseguissem tirar a criança da escola no dia do crime.
"O outro, que se dizia [da] polícia, chegou com um papel que foi impresso da Dercca, pelo pai, esfregou na cara dela e perguntou se ela ia querer ser presa por desacato a autoridade. Aí Miguel ficou gritando: ‘pró, me salve, me salve’, e eles conseguiram 'travar' a professora e sair”. conclui a mãe da criança.
O investigador foi detido pela polícia após se apresentar na delegacia e perdeu o direito de visitar o filho. A polícia apura a conduta de Luís Reis Fiuza como profissional. O caso segue em investigação pela Derca e o policial pode perder o cargo se comprovada a má conduta administrativa.
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