Denunciada pelo crime de injúria racial, agressão e ameaça contra duas funcionárias e a gerente da loja Petz, no bairro do Imbuí, a ex-gerente de operações do Hospital Mater Dei Salvador, Camilla Ferraz Barros, se apresentou em uma delegacia da Polícia Civil nesta sexta-feira (10).
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De acordo com a Polícia Civil, a mulher compareceu na Coordenação de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid) e ficou em silêncio durante todo o depoimento. Após o procedimento, ela foi liberada e preferiu não falar com a imprensa. Até o momento, 17 pessoas já foram ouvidas.
"A polícia trabalha com todas as evidências que não se resumem somente à fala dela. Então a gente está concluindo a investigação, provavelmente nos próximos dias, com todo o material coletado, vídeos coletados, tanto da empresa como das pessoas que estavam ao local, com todas as testemunhas que foram ouvidas e ainda tem algumas pessoas que nós vamos ouvir para deixar bem esclarecido esse fato", disse a Delegada Patrícia Barreto, titular da 9ª Delegacia de Boca do Rio.
Antes de ser demitida do Hospital Mater Dei Salvador, Camilla enviou uma mensagem de áudio em um grupo formado por trabalhadores da unidade médica. No depoimento, ela afirmou não ser racista, admitiu que perdeu a linha e pediu desculpas pelo ocorrido.
"Vocês têm pouco contato comigo e sabem que eu não sou uma pessoa racista, vim de baixo. Sempre tem dois lados da história né? Eu perdi o controle na loja hoje e depois de ter sido agredida fisicamente pela vendedora. Então a única coisa que tinha para não agredir a vendedora era agredir com palavras e eu acabei exagerando", iniciou.
"Eu faço questão de pedir desculpas a cada um de vocês, e vocês sabem minha ciência, me conhecem diariamente e sabem que eu não sou essa pessoa. Então só queria me explicar e dizer que antes disso tudo eu fui agredida, fui para o IML e só colocaram a parte que era conveniente na mídia", finalizou.
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