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conscientização - 13/03/2025, 20:00 - Lucas Vieira e João Grassi

Diretora do DPMCV diz que feminicídio "é um crime evitável"

Apenas no ano passado, 111 casos de feminicídio foram registrados na Bahia

Delegada Patrícia Barreto, diretora do DPMCV
Delegada Patrícia Barreto, diretora do DPMCV |  Foto: Lucas Vieira / Portal MASSA!

Em meio ao mês da mulher no ano de 2025, o feminicídio se torna o principal crime a ser combatido pelo Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), que promove, em março, uma série de ações voltadas ao enfrentamento da violência contra 'elas'.

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Apenas no ano passado, 111 casos de feminicídio foram registrados na Bahia. No entanto, de acordo com apuração do Portal MASSA!, apenas 43 pessoas foram presas por cometer esse tipo de delito, sendo somente 14 desses em flagrante.

Além disso, um total de 4.641 de boletins de ocorrência foram feitos em 2024 na Deam Casa da Mulher Brasileira, o que representa a gravidade da situação. Para a delegada Patrícia Barreto, diretora do DPMCV, o feminicídio é, ou deveria ser, "um crime evitável".

"A gente precisa que todas as pessoas se envolvam nas questões de violência doméstica, porque o que acontece é que a grande parte das mulheres vítimas de feminicídio nunca pediram ajuda, nunca tiveram contato com alguém na rede. Diferente de outros crimes que a Polícia Civil apura, a gente não trata de um grupo organizado que mata mulheres, a gente tem famílias disfuncionais vivendo em situação de violência e que precisam de ajuda, e muitas vezes de intervenção do Estado", indicou a delegada em entrevista ao MASSA!.

Ainda segundo Barreto, a decisão de denunciar um agressor acaba sendo difícil para as vítimas, visto que, a violência "parte de alguém que ela ama ou já amou". No entanto, a diretora do DPMCV garante que existe uma "rede de proteção" que acompanha essas mulheres.

"Não é uma decisão fácil, ainda mais quando ela não conta com o apoio da família ou dos próprios filhos para enfrentar esse processo. Por isso, existe uma rede de proteção. A polícia atua na responsabilização do agressor, mas há diversos equipamentos com responsabilidade legal de cuidar dessa mulher, garantindo toda assistência jurídica, psicológica e emocional para que ela tenha condições de seguir adiante", concluiu.

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