Uma rebelião de detentos foi registrada na Penitenciária I de Franco da Rocha (SP), na manhã deste sábado (20). De acordo com o Corpo de Bombeiros de Cajamar, município vizinho, os presos se reuniram no pátio central e atearam fogo em colchões como forma de protesto.
A situação já foi controlada, segundo as autoridades. Não há reféns e nenhum preso ficou ferido.
De acordo com relatos de testemunhas à Polícia Militar, cerca de 60 familiares de presos e funcionários estavam no interior do presídio no momento do motim.
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Os Bombeiros de Cajamar foram acionados para controlar o fogo provocado pelos detentos. Segundo a corporação, o incêndio nos colchões também já foi controlado e não houve vítimas. A Polícia Militar está na área externa da penitenciária para prestar apoio. As autoridades seguem monitorando a situação para garantir a segurança no local.
Relembre outros casos de valentia nos presídios:
1992 - Massacre do Carandiru, São Paulo (SP) - 111 mortos
No dia 2 de outubro de 1992, uma briga deu início a um conflito generalizado no pavilhão 9 do Carandiru. Forças policiais invadiram o local e mataram 111 presos, cada um com uma média de cinco tiros. Nenhum policial morreu.
Os detentos sobreviventes ainda foram obrigados a tirar as roupas e passar por um corredor polonês formado por PMs. Depois, foram convocados para ajudar a empilhar os corpos.
2017- Massacre em Manaus, Amazonas - 67 mortos
Em uma semana, rebeliões em Manaus deixaram pelo menos 67 mortos em janeiro de 2017. A maior parte morreu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Mais de 56 mortos foram registrados.
2017 - Penitenciário Agrícola de Monte Cristo, Boa Vista (RR) - 33 mortos
Quatro dias após a morte de 60 detentos em duas penitenciárias de Manaus (AM), outros 33 presos foram assassinados na madrugada do dia 6 de janeiro de 2017, desta vez no maior presídio de Roraima, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
O governo divulgou uma lista com 31 mortos, mas encontraram mais dois enterrados no dia seguinte à rebelião.