A fuga de Rogério da Silva e Deibson Cabral da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ocasionou em várias mudanças na unidade prisional. A dupla, que carrega uma grande lista de crimes nas costas e é conhecida como “matadores do Comando Vermelho”, conseguiu burlar o sistema de segurança máxima brasileiro e escapou na madrugada desta quinta-feira (15).
Diante da situação, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou que todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais do país fossem revisados. Ele também pediu o afastamento imediato do diretor do Sistema Penitenciário Federal, e um interventor substituto precisou ser indicado às pressas. O escolhido foi o policial penal federal Carlos Luís Vieira.
Além disso, Lewandowski viajou ao lado de Carlos Luís, do secretário de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, e do diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona para Mossoró. Ele deixou José Renato Vaz em Brasília, como diretor penitenciário substituto.
Ocupando o novo cargo, José Renato ordenou que fosse empregado o nível de segurança 2 nos cinco presídios federais de segurança máxima, suspendendo visitas e banhos de sol para os detentos. A decisão vale para esta quinta e sexta-feira (16), nos presídios de Catanduvas (PR), Brasília (DF), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN).
Investigação e reforços
De imediato, um inquérito foi aberto para apurar a forma em que a fuga aconteceu. No momento, a principal suspeita é de que os bandidos tenham recebido ajuda de algum funcionário do presídio., fazendo o envio de peritos ao local para acelerar o processo.
Mais de 100 agentes federais estão empenhados nas buscas pelos dois fugitivos, recebendo reforços de outros estados do país. A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte informou que mandou um helicóptero para auxiliar nas buscas em Mossoró e colocou um outro, que está na capital do estado, à disposição.
Vários drones serão utilizados na procura pelos fujões do crime. Os equipamentos, que têm câmera de infravermelho, foram mandados pela Polícia Federal de Brasília para a região.