A morte de Welson Figueiredo Macedo, de 28 anos, na noite da última terça-feira (9), colocou família e Polícia Militar de lados distintos. Enquanto a primeira aponta para impunidade dos agentes da 47ª CIPM, a segunda alega que o fato na realidade se tratou de uma reação a tiros de três criminosos, entre eles a vítima.
Por causa do homicídio, parceiros de farda do rapaz e membros do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracom-BA) se mobilizaram um dia depois, na porta da unidade do Consórcio Bel Cabula, no bairro de Massaranduba, na Cidade Baixa.
Junto ao protesto de mais de 80 pessoas, outra manifestação está agendada para acontecer a partir de 9h desta quinta-feira (11), durante o sepultamento do prestador de serviços à Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), no Cemitério Bosque da Paz.
“Cobramos resposta para essa imunidade, querendo que os responsáveis cobrem por isso. Não vamos admitir isso, era um trabalhador, ele [Welson] já tinha batido seu cartão e deslocava-se para casa. Era um rapaz direito, do bem, tranquilo”, enfatizou Nilton de Oliveira, diretor do Sintracom estadual, em entrevista ao Portal MASSA!.
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Operador
Welson atuava como operador de jato nível médio há mais de 10 anos na terceirizada da Embasa. A empresa conta com cerca de 300 funcionários nas duas unidades na capital baiana.
“Ele tinha o costume de deixar a sua moto dentro do pátio da Bel, que é todo monitorado por câmeras”, alegou o diretor.
A reportagem procurou o Consórcio Bel Cabula, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.
Morte
Natural da cidade de Ipirá, na Bahia, a vítima foi atingida com tiro nas costas, no bairro de Castelo Branco. Após ser socorrida para o Hospital Eládio Lasserre, no bairro de Águas Claras, ela não resistiu.