O principal suspeito pelo desaparecimento dos jovens trabalhadores de um ferro-velho do bairro de Pirajá, em Salvador, nesta segunda-feira (4), o empresário e dono do estabelecimento Marcelo Batista da Silva, procurou a Justiça para pedir um habeas corpus preventivo.
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O objetivo dele é 'se sair' de qualquer chance de prisão. O Portal MASSA! obteve informações referente a medida e teve acesso ao documento, cujo pedido aconteceu dois dias depois do sumiço dos rapazes.
A princípio, o documento só foi assinado eletronicamente pelo juiz Antônio Carlos da Silveira na noite desta quinta-feira (7). De acordo com o Poder Judiciário, o órgão responsável pela decisão será a 10ª Vara Criminal da Comarca de Salvador.
As solicitações foram feitas pelo advogado do suspeito, Aureosvaldo Borges de Oliveira.
Investigações e suspeitas
Paulo Daniel, de 23 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, estão desaparecidos desde a segunda-feira (4), quando saíram para 'trampar' no ferro-velho de Pirajá e não voltaram mais.
Suspeito do caso, Marcelo tinha fama de torturador na empresa, segundo um ex-funcionário.
"Ele [dono do ferro-velho] é capaz de tudo. Meu colega perdeu os dedos na máquina. Eu nem consigo falar mais", revelou o homem, que não quis se identificar, em entrevista à Record TV.