
O homem preso em flagrante pelo assassinato da contadora Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, em Lauro de Freitas, relatou em depoimento à Polícia Civil que desconfiava de uma possível traição da companheira pouco antes da briga que terminou com a morte dela. O crime aconteceu na noite desta terça-feira (19), no apartamento onde eles moravam.
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A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O sepultamento de Laina ocorreu na tarde de quarta-feira (20), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
Identificado como Ramon de Jesus Guedes, o suspeito contou que manteve relacionamento de 17 anos com Laina, com quem teve duas filhas. Segundo ele, a relação era marcada por conflitos e chegou a ter um período de separação de nove meses.
Relato do suspeito
No depoimento, conforme divulgado pelo portal g1, Ramon disse que, na noite anterior ao crime, houve uma discussão com a vítima que terminou em relação íntima. Na manhã seguinte, o casal voltou a discutir após Laina ter dito que a relação da noite anterior teria sido "sem vontade".
O homem que, ao chegar ao condomínio no retorno do trabalho, teria visto a companheira dentro de um carro com outra pessoa, o que provocou uma nova briga. Ele afirmou ainda que notou a presença de uma viatura da Polícia Militar e questionou Laina, que respondeu que havia acionado ajuda por se considerar vítima de violência psicológica.
De acordo com a versão apresentada à polícia, Ramon tentou sair do imóvel, mas disse ter sido impedido pela companheira. Nesse momento, afirmou ter perdido o controle e golpeado a mulher com uma marreta. Questionado pela polícia se acreditava que Laina havia morrido no momento, respondeu que apenas percebeu que ela estava desacordada.
Tentativa de fuga e suicídio
Ainda segundo o depoimento, após a agressão, Ramon tentou sair pela porta, mas recuou ao ver policiais e vizinhos do lado de fora. Ele então tentou se jogar da varanda, mas foi convencido a desistir por uma testemunha, e acabou caindo.
O suspeito contou que não se recorda dos momentos seguintes, apenas de quando foi levado para o Hospital Menandro de Faria pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele também confirmou que as duas filhas, de 5 e 12 anos, presenciaram a briga.